PSDB dá outro sinal de que não quer Doria candidato a presidente
Governador de São Paulo perde mais uma batalha dentro do seu partido para disputar a vaga de Bolsonaro
atualizado
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No fim disso tudo, pode o governador de São Paulo João Doria até ganhar as prévias do PSDB marcadas para o dia 21 de novembro e ser oficialmente proclamado candidato do partido à sucessão ano que vem do presidente Jair Bolsonaro. Mas, e daí?
Pelo que se viu, ontem, da reunião da Executiva Nacional do seu partido, a resistência interna ao seu nome continua forte e não dá sinais de arrefecimento. Pesquisas de intenção de voto indicam que ele, hoje, sequer conseguiria se reeleger governador.
Doria queria que nas prévias o voto dos filiados ao PSDB, sem mandato, tivesse o mesmo peso do voto dos filiados com mandatos – vereadores, prefeitos, deputados, governadores e senadores. Perdeu. Os tucanos de alta plumagem venceram.
As prévias deverão ser disputadas por Doria, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e Tasso Jereissati, senador pelo Ceará e candidato do coração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas não só dele. Jereissati é o favorito.
Se ele não desistir até lá, poderá ser o escolhido. Leite não se recusará a apoiá-lo. O deputado Aécio Neves (PSDB-MG), outro poderoso eleitor, também o apoiaria porque Doria, no ano passado, tramou expulsá-lo do partido.
Doria tem pela frente dois desafios gigantescos. Primeiro: conquistar a máquina partidária que não confia nele e que o considera um estranho no ninho do PSDB. E crescer nas pesquisas de intenção de voto para não ser abandonado durante a campanha.
Um tucano de bico afiadíssimo confidenciou a este blog que Doria, caso seja derrotado nas prévias, trocará o PSDB por outro partido para ser candidato a presidente de qualquer jeito. Por ora, parece pura maldade. A conferir mais adiante.