Procura-se Wilson, herói do resgate das crianças na selva da Colômbia
Cartazes com a foto dele se espalham pelo país
atualizado
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Cerca de 120 soldados das forças especiais do Exército colombiano e 73 indígenas empenharam-se durante 40 dias na localização dos destroços de um avião que caiu na densa selva da Amazônia em 1º de maio. O avião transportava três adultos e quatro crianças de 1, 4, 9 e 13 anos de idade. Dificilmente haveria sobreviventes.
Wilson, um pastor belga de 6 anos, exímio farejador, e mais 9 cães faziam parte do escalão avançado da operação de busca. Ulises, um deles, o primeiro a meter-se no mato, passou mal e foi dispensado. Os demais perseveraram, mas foi Wilson que chegou primeiro ao local dos destroços. Encontrou os corpos dos adultos.
Mas, cadê as crianças, todas da etnia Uitoto, que junto com a mãe estavam voando ao encontro do pai? Foi Wilson que encontrou a garrafa de uma delas, o que permitiu que dali a dois dias elas fossem localizadas e salvas. Sem poder pousar, um helicóptero lançou uma corda a mais de 60 metros de altura, resgatando-as.
A celebração dos soldados e dos 73 indígenas só não foi completa porque Wilson desapareceu. Uma foto dele viralizou nas redes sociais e está sendo estampada à porta de casas em Bogotá e em outras cidades da Colômbia, acompanhada da pergunta: “Onde está Wilson?” O presidente Gustavo Preto promete encontrá-lo.
Não se abandona mortos, feridos ou eventuais desaparecidos em um campo de batalha, ensina uma máxima militar.