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Por quem André Mendonça será trocado para ministro do STF

Bolsonaro está à procura de outro nome terrivelmente evangélico

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1 de 1 1_andre_mendonca-19787017 - Foto: Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro jogou a toalha. Não pode admitir publicamente que jogou para não sair como derrotado no caso da indicação de André (terrivelmente evangélico) Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal. Mas já começa a procurar um substituto para ele, e aceita sugestões.

O Supremo foi acionado por senadores insatisfeitos com a demora do seu colega David Alcolumbre, presidente da Comissão de Constituição e Justiça, em pôr o nome de Mendonça em votação. De nada adiantará. É assunto interno do Senado. Equivaleria ao Senado tentar meter-se em assunto interno do Supremo.

Como sempre faz quando não consegue o que quer, Bolsonaro pôs a culpa sobre sua má escolha em outra pessoa – Alcolumbre, naturalmente. Disse:

“Quem não está permitindo a sabatina é Alcolumbre. Teve tudo o que foi possível nos dois anos que esteve comigo e, de repente, ele não quer o André Mendonça. Quem pode não querer é o plenário do Senado, não é ele. Ele pode votar contra, agora o que ele está fazendo não se faz. A indicação é minha”.

A indicação, de fato, é do presidente da República como manda a lei. A aprovação do indicado é do Senado. E somente cinco vezes nos últimos 131 anos, o Senado rejeitou indicações feitas por um presidente. Todas ocorreram em 1894, no governo do marechal Floriano Peixoto, o segundo presidente do Brasil.

A culpa, contudo, não é de Alcolumbre. Sozinho, ele não teria força para impedir a votação do nome de Mendonça. A maioria dos membros da comissão é contra a indicação de Mendonça por considerá-lo um lava-jatista militante, e por não querer dar a Bolsonaro mais um ministro para ele chamar de seu.

A malquerença da comissão com Mendonça se reproduz no plenário do Senado, e pelas mesmas razões. Por saber disso, a turma do Centrão, de quem Bolsonaro se tornou refém, está à caça de outros nomes. Pastores e entidades evangélicas cobram de Bolsonaro que lhes submeta o nome de quem venha a indicar.

Por ora, as coisas estão nesse pé. No mais, o Supremo tem como se virar com 10 ministros ao invés de 11. É lorota que a falta temporária de apenas um afete gravemente o seu trabalho.  A presidente Dilma Rousseff levou quase 9  meses para indicar Edson Fachin em abril de 2015.

Antes, levara seis meses para indicar Luís Roberto Barroso em maio de 2013. Luiz Fux, o atual presidente do Supremo, aguardou seis meses para ser indicado em fevereiro de 2011. Prometera “matar no peito” denúncias contra o PT. Não matou. Com o seu voto, elas foram adiante.

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