Por que Bolsonaro não demite Filipe Martins, seu fiel serviçal
Acusado de ter feito um gesto racista dos supremacistas brancos americanos, Filipe não perdeu o emprego por causa dos filhos do presidente
atualizado
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Finge-se de morto Filipe Martins, assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, que em sessão no Senado, em 24 de março último, fez com a mão um gesto com conotação racista. Segue despachando no Planalto como se nada tivesse acontecido.
O presidente Jair Bolsonaro também se finge de morto em relação ao que Filipe fez. Nem tanto porque gosta dele, afinal Bolsonaro não poupa ninguém só por gostar, mas porque seus filhos gostam, são amigos de Filipe e o querem onde está.
A Polícia do Senado o indiciou pelo crime de preconceito de raça ou de cor. A lei prevê pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
Caberá ao Ministério Público Federal no Distrito Federal decidir se apresenta denúncia contra ele ou se pede o arquivamento do caso.