metropoles.com

Por ora, não é de bom tom juntar Bolsonaro com Campos Neto

Enquanto um só faz criar confusão, o outro tenta apagar incêndio

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
1 de 1 O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por mais que negue o senador Ciro Nogueira (PP-PI), chefe da Casa Civil do governo, recomenda-se no momento não convidar para a mesma mesa Jair Bolsonaro, que dispensa apresentação, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

Campos Neto andou se queixando de Bolsonaro. Disse a mais de uma pessoa que Bolsonaro “só atrapalha” seus esforços de convencer investidores estrangeiros a seguirem investindo no país apesar das confusões – criadas por quem? Você sabe por quem.

Repercutiu na imprensa internacional despacho da Associated Presse, a mais antiga agência americana de notícias, citando duas autoridades de “alto nível” que relataram o desejo de Bolsonaro de intervir no Banco Central por causa da alta dos juros.

Campos Neto declarou em evento virtual da organização Americas Society/Council of the Americas  que “um maior nível de barulho” na política fez crescer a inflação no país para quase 9%. Como ela sobe, ao Banco Central resta subir a taxa de juros para contê-la.

O ministro Paulo Guedes, da Economia, disse algo parecido. Segundo ele, a “barulheira política contamina a economia”. Se perguntarem a Guedes quem provoca “barulheira”, ele jamais dirá que é Bolsonaro. Campos Neto prefere silenciar a respeito.

Bolsonaro e Guedes são negacionistas. Foram em relação à pandemia e são em relação a tudo que os aborrece. Campos Neto não é. Quem, dentro do governo, teima em enxergar acaba colecionando desafetos, pedindo demissão ou sendo demitido.

Agosto segue em frente a merecer a fama de mês aziago por aqui. Há 67 anos, no dia 24 de agosto, o presidente Getúlio Vargas suicidou-se para não ser deposto pelos militares. Há 60 anos, no dia 25 de agosto, o presidente Jânio Quadros renunciou.

Foi em agosto de 2014 que Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato naquele ano a presidente da República, morreu em um acidente de aviação. Foi em agosto de 2016 que o Senado aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A influência de agosto, por vezes, estende-se aos primeiros dias de setembro. Foi no dia 6 de setembro, há três anos, que Adélio Bispo esfaqueou Bolsonaro em Juiz de Fora.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?