Passe de Sérgio Moro está sendo negociado com o União Brasil
Tudo para deter a sangria de deputados do PODEMOS que querem apoiar Lula e Bolsonaro
atualizado
Compartilhar notícia
O PODEMOS, partido ao qual ele se filiou há dois meses e 9 dias, está negociando o passe do ex-juiz Sérgio Moro com o União Brasil, resultado da fusão entre o DEM e o PSL.
Há várias razões para isso. Uma delas: o União Brasil, quando obtiver registro na justiça, será o maior partido na Câmara dos Deputados e dono da maior fatia do fundo eleitoral.
O candidato que ele lançar à vaga do presidente Jair Bolsonaro contará também com o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Não é pouca coisa.
Mas há outra razão para que o PODEMOS se despeça de Moro, O Breve. A maioria dos seus 11 deputados federais quer apoiar as candidaturas de Bolsonaro e de Lula a presidente.
Em 2018, o PODEMOS apoiou no primeiro turno o senador Alvaro Dias à sucessão do presidente Temer (MDB). No segundo, dos seus 17 deputados federais, 11 apoiaram a eleição de Bolsonaro.
É para deter uma eventual sangria que o passe de Moro está à venda. Renata Abreu, deputada federal e presidente do PODEMOS, topa fechar negócio em troca de ser a vice de Moro.
O União Brasil tem candidato a vice, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE). Foi pelo PSL, presidido por Bivar, que Bolsonaro se elegeu presidente, abandonando o partido em seguida.
Moro voltou a repetir que vai para o tudo ou nada. É candidato a presidente, mas se não for não se candidata ao Senado. Ainda não cruzou a faixa dos dois dígitos nas pesquisas.
Mas está confiante que chegará a julho com algo em torno de 15% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT) espera a mesma coisa, João Doria (PSDB) também. Sonhar sai barato.