Partidos pagam caro pelo voto do candidato sem chances de se eleger
É o novo negócio nas eleições deste ano
atualizado
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Sabe a última? Tem candidato a deputado federal sem chances de se eleger, embolsando muito dinheiro só para se candidatar, e ajudar o partido a montar uma bancada maior na Câmara.
É assim: antigamente, os partidos podiam se coligar, e a soma de todos os votos dados à coligação ajudava a conquistar uma vaga na Câmara. Isso mudou para as eleições a partir deste ano.
Agora, cada partido só poderá contar com os votos dos seus próprios candidatos. A soma desses votos é que definirá o número de vagas que o partido terá direito na Câmara.
Então, o que acontece? Os partidos correm atrás ou são procurados por nomes com certo potencial de votos, mas não o suficiente para se elegerem. E compram o passe dessas pessoas.
Não importa que elas tenham ou não afinidade ideológica ou programática com o partido, importa que tenham votos. É o que descobriu o jornal O Estado de S. Paulo.
Um caso real: uma pessoa teve 90 mil votos para deputado federal em São Paulo, mas não se elegeu. Partidos já lhe ofereceram entre 600 mil a 1 milhão de reais para que se candidate este ano.
Além de dinheiro para o pagamento de despesas da campanha. O dinheiro sai do Fundo Partidário. É dinheiro público. Cada partido tem direito a uma fatia do Fundo, a depender do seu tamanho.
É o novo negócio na praça.