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Parabéns a Bolsonaro por mais um Dia Internacional da Mulher

Aumentou o número de casos de estupro e diminuiu o dinheiro para o combate à violência

atualizado

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Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles
#elenão, mulheres contra Bolsonaro
1 de 1 #elenão, mulheres contra Bolsonaro - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

Não bastasse o que disse sobre as ucranianas seu antigo aliado deputado Arthur do Val, que não surpreendeu ninguém que o conhecesse falando o que falou, Bolsonaro comemora, hoje, mais um Dia Internacional da Mulher com dois fatos que em nada o ajudarão a conquistar o voto feminino para se reeleger.

Os investimentos para o combate à violência contra a mulher feitos pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos foram os mais baixos dos últimos três anos, quer dizer, desde que Bolsonaro tomou posse. O total previsto para 2022 é de 48 milhões, contra 61 milhões em 2021, 132 milhões em 2020 e 72 milhões em 2019.

Segundo fato: no ano passado, aumentou em quase 4% o número de casos de estupros de mulheres, se comparado com o ano anterior. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, foram 56 mil casos. O número de feminicídios recuou 3%, mesmo assim isso significa que a cada 7 horas uma mulher é assassinada no país.

Bolsonaro será lembrado também por seu desapreço às mulheres, o que ele já expressou em diversas ocasiões com frases que se tornaram inesquecíveis. Algumas:

 “Ela não merece (ser estuprada) porque é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar porque não merece”

“O Brasil não pode ser o país do turismo gay. Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro”

“Eu tenho pena do empresário no Brasil, porque é uma desgraça você ser patrão no nosso país, com tantos direitos trabalhistas. Entre um homem e uma mulher jovem, o que o empresário pensa? ‘Poxa, essa mulher está com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade’…”

“Todo mundo ia atrás de galinha no galinheiro na minha cidade. Alguns mais malandros iam atrás da bezerrinha, da jumentinha. Era comum. Não tinha mulher como tem hoje”

“No quinto filho eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”.

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