Para faturar votos, Bolsonaro joga caminhoneiros contra a Petrobras
Vale tudo para se reeleger
atualizado
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Com o apoio velado de Bolsonaro, caminhoneiros ameaçam realizar ato público contra a Petrobras por causa dos constantes reajustes no preço dos combustíveis.
A empresa anunciou, ontem, mais um, de 8,86%, no preço do diesel vendido às distribuidoras. O valor médio do combustível passará de R$ 4,51 para R$ 4,91.
“A gente precisa pressionar a Petrobras para mexer na Política de Paridade Internacional”, diz Wallace Landim, o Chorão, líder dos caminhoneiros durante a greve de 2018. E observa:
“Vimos o último posicionamento do Bolsonaro pedindo para a Petrobras abaixar o preço do combustível. A gente viu o presidente indignado. Então, ele está pedindo para o povo ir para a rua e pressionar a Petrobras?”.
Há poucos dias, Bolsonaro disse que é um “crime” e um “estupro” a Petrobras ter um lucro “abusivo” em períodos de crise. “Faço um apelo: Petrobras, não quebre o Brasil”, suplicou, aos gritos.
Pura encenação para não perder o apoio dos caminhoneiros e faturar votos. A Petrobras lucrou R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 3.718,4% a mais do que no ano passado.
O governo federal é o maior acionista da empresa. Abriria mão de parte do dinheiro que recebe? Bolsonaro não responde. Troca presidentes da Petrobras sabendo que de nada adiantará.
Se os caminhoneiros forem às ruas protestar, para ele taokey. Dirá que lhe dão razão. Talvez seja até motivo para mais uma motociata a ser paga com dinheiro público, como as outras.
Bolsonaro trabalha pouco e gasta muito dinheiro – o dos outros.