Para a nova Velhinha de Taubaté, Bolsonaro salvou a democracia
Ela não tem graça alguma
atualizado
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Um dos personagens de humor de maior sucesso no Brasil, a Velhinha de Taubaté foi criada pelo escritor e cronista Luís Fernando Veríssimo durante o governo do último general da ditadura de 64, João Baptista de Oliveira Figueiredo, que dizia gostar mais de cheiro de cavalo a cheiro de gente
Era o general quem dizia isso, não a Velhinha, incapaz de qualquer desaforo. Ela era a última pessoa, segundo Veríssimo, que ainda acreditava no governo. Acreditava nas boas intenções de Figueiredo, em anúncio oficial, em nota de esclarecimento e nas promessas dos ministros da área econômica.
Tem uma nova Velhinha na praça. Ao ler as primeiras notícias sobre o golpe que Bolsonaro não pôde dar porque não confiava na adesão dos militares, ela apressou-se a escrever nas redes sociais:
“Se não forem meras conjecturas, os diálogos que vieram à tona nos últimos dias mostram, na verdade, que Bolsonaro salvou a Democracia, ao resistir à pressão sofrida por grande parte de seu entorno. Ele, inclusive, deixou o cargo antes de seu mandato terminar. Não digo isso como forma de defesa, mas como conclusão lógica do material recentemente exposto. Muitos foram os diálogos em que interlocutores imploravam para Bolsonaro dar um golpe e ele não deu, nem tentou.”
A Velhinha de Veríssimo nunca foi militante política. Sua sucessora, sim. Bolsonaro até a convidou para ser seu vice em 2018, mas depois desistiu, escolhendo um general. A Velhinha sem graça elegeu-se deputada estadual por São Paulo e em 2022 tentou se eleger senadora, mas perdeu. Ficou em quarto lugar.
Janaína Paschoal, hoje, é comentarista da CNN e deseja se candidatar a prefeita de São Paulo no próximo ano.