metropoles.com

Os Bolsonaro, uma família-empresa do balacobaco

A vez de Jair Renan

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Instagram
Jair Renan Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro
1 de 1 Jair Renan Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro - Foto: Reprodução/Instagram

Pais não escolhem filhos. Filhos não escolhem pais. Mas Bolsonaro escolheu os dele: Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. E rejeitou Jair Renan Bolsonaro. Certa vez, referiu-se a Laura, sua única filha, como uma “fraquejada”.

Rogéria, a primeira mulher de Bolsonaro, é mãe dos três zeros – Flávio, Carlos e Eduardo. Ana Cristina Valle, a segunda mulher, é mãe de Jair Renan. Os quatro estão enrolados com a Justiça. Michelle, a terceira mulher, é mãe de Laura.

Se perguntarem a Michelle se Bolsonaro é um bom pai, ela certamente responderá que sim, é um ótimo pai, embora muito ocupado. Se perguntarem às outras, dirão que não, ou nada dirão. Rogéria comeu o pão que o diabo amassou nas mãos de Bolsonaro.

Separada do marido, mas com o apoio dele, elegeu-se vereadora no Rio de Janeiro. Ao tentar se reeleger, Bolsonaro escalou Flávio para derrotá-la, mas ele não topou. Então, convenceu Carlos a ser candidato, e o filho derrotou a própria mãe.

Escalada por Bolsonaro, Ana Cristina, mãe de Jair Renan, cuidou do esquema da rachadinha nos gabinetes de Flávio e de Carlos. Saiu-se bem. Mas brigou com o marido, ou ele com ela. Então foi trocada por Fabrício Queiroz. Hoje, mora na Europa.

Ana Cristina quis fazer carreira política em Brasília. Alugou (ou comprou) uma mansão e fez Jair Renan se aproximar do pai presidente. Ana Cristina recebeu doações para sua campanha. Desistiu depois. Não devolveu as doações. É mal de família.

Sem ter modelos melhores, Jair Renan mirou no pai e nos irmãos que sempre mantiveram distância dele, e começou a fazer negócios. Mandou às favas a história de escrúpulos. Escrúpulos só atrapalham. Jair Renan mudou-se para Camboriú, Santa Catarina.

Arranjou um emprego à beira mar. Planeja ser candidato a vereador. Esbalda-se em festas com tudo pago. Afinal, era o filho do presidente da República. Passou a assediar mocinhas com o apelo que lhe parecia irrecusável: “Sou filho do presidente…”. Foi.

Jair Renan foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal que apura crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Ele se diz tranquilo. Nunca foi tranquilo. Já cuspiu no rosto da mãe.

O pai não saiu em defesa de Jair Renan; já saiu e sairá em defesa de Flávio, seu herdeiro político, de Carlos, o filho que mais o preocupa por sua instabilidade emocional, e de Eduardo, que substituiu como ideólogo da família o finado Olavo de Carvalho.

Flávio, ao seu modo às vezes bruto, saiu em defesa de Jair Renan:

“Pelo que eu conheço do Renan, ele não tem a menor capacidade de fazer [o que a polícia lhe atribui]. Está trabalhando. Me causa estranheza porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro.”

Se o irmão não tem onde cair morto, por que Flávio, dono de uma mansão de 6 milhões de reais em Brasília, não o ajuda? Por que Carlos e Eduardo não o ajudam? Por que Bolsonaro, 17 milhões de reais mais rico com as doações via pix, não ajuda o filho?

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?