Pouco depois do meio-dia de ontem, o site do jornal O Estado de S. Paulo postou uma reportagem sob o título: “Moraes bate boca com Mendonça por insinuação de culpa de Dino em invasão do Planalto no 8 de janeiro”, dos repórteres Daniel Haidar e Rayssa Mota.

O subtítulo, ou sutiã no jargão jornalístico, dizia:

“Na retomada do julgamento do primeiro acusado por atos radicais, ministro indicado por Bolsonaro diz que Força Nacional chegaria “em alguns minutos” para expulsar golpistas e provoca manifestações de indignação do relator Alexandre de Moraes e do decano Gilmar Mendes”.

Nove horas depois, entre os comentários de leitores sobre a reportagem, havia dois de um tal de Paulo Antonio Pereira. O primeiro:

“Tem que encher esse careca de pó…. ada ou arranjar um Adélio que dê um trato na jugular dele”.

O autor da facada em Bolsonaro se chama Adélio Bispo, um desequilibrado mental, ainda hoje recolhido a um presídio-hospital.

O segundo comentário do tal Paulo Antonio Pereira:

“O careca com as jugulares (Ainda) intactas ê um b…a impotente contra mim. Vcs brazucas pobres coitados estão se c……ndo de medo desse pe…….sta. O que ele pode fazer contra um cidadão de outro país? Berrar? Uuuuu que medo.”

“Brazucas” é como muitos brasileiros que vivem no exterior se referem a brasileiros que vivem aqui. O discurso do ódio contra qualquer pessoa, ainda mais um ministro da mais alta Corte de Justiça do país, não pode ficar impune.