metropoles.com

Olavo de Carvalho tira o dele da reta e diz que Bolsonaro já perdeu

O autoproclamado filósofo, guru da primeira família presidencial brasileira, antecipa o obituário do governo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Facebook
Fiolósofo Olavo de Carvalho fumando
1 de 1 Fiolósofo Olavo de Carvalho fumando - Foto: Reprodução/Facebook

O autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, do bunker que há muitos anos o abriga nos Estados Unidos, antecipou o obituário do governo do presidente Jair Bolsonaro em entrevista que concedeu a um canal de aflitos bolsonaristas no YouTube.

“A briga já está perdida”, disse ele logo de início, escutado em silêncio pelos ex-ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, investigado por contrabando de madeira, e Abraham Weintraub, da Educação, que escapou do Brasil com medo de ser preso.

Em seguida, comentou com rara franqueza:

“O Bolsonaro não é obedecido em praticamente nada, nada. Quem manda no Brasil é a turma do STF, da mídia, do show business. Acabou. E o pessoal das Forças Armadas? Assiste a tudo isso. Só acredita em neutralidade ideológica. Ou seja, no Brasil só existem duas possibilidades: ou você é comunista ou você é neutro. Não existe direita. Existe bolsonarismo”.

Foi adiante:

“O Brasil vai se dar muito mal. Não venham com esperanças tolas, porque a briga já está perdida. Existem chances de fazer voltar? Existe uma chance remota, mas só se o Bolsonaro acordar, mas eu não sei como fazê-lo acordar. Dizem que eu sou o ‘guru do Bolsonaro’. Isso é absolutamente falso. Conversei com ele somente quatro vezes na minha vida”.

“Então, a minha influência sobre o Bolsonaro é zero. Ele me usou como ‘poster boy’ [garoto propaganda, em livre tradução]. Me usou para se promover, para se eleger. E, depois disso, não só esqueceu tudo o que dizia como até os meus amigos que estavam no governo, ele tirou”.

Aos 74 anos, Carvalho foi o responsável pelas indicações ao governo de Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, e Ricardo Vélez Rodríguez, ex-ministro da Educação. Sobre erros cometidos por Bolsonaro até aqui, Carvalho filosofou:

“Qual o poder que tem o presidente comparado com o do Congresso e do Supremo Tribunal Federal? Não tem nada. Ele castrou a si mesmo desde o primeiro dia. A primeira coisa que eu diria a ele era: ou você [ininteligível] nas duas primeiras semanas ou está perdido. Porque se você dá tempo para o adversário se fortalecer, ele se fortalece. Foi o que aconteceu”.

“Você acha que nas primeiras semanas alguém teria coragem de dizer de Bolsonaro o que dizem hoje? Não tinha, porque o pessoal sentia a força do apoio popular. Agora já não sente. Essa manifestação do 7 de setembro foi o maior desperdício de apoio popular que ele já recebeu. Você reúne o povão que diz: ‘Autorizo’. Autorizo o quê? E o que foi que ele fez? Fez nada”.

E concluiu:

“Tem algum problema com Bolsonaro, não sei qual é. Agora, não tem outro em quem votar”.

Um bolsonarista que acompanhou a entrevista de Carvalho escreveu em sua conta no Twitter:

“Correto, aí o que o Bolsonaro fez? Soltou a mão do povo e segurou a mão do centrão. Virou as costas para os apoiadores que o criticavam, e com razão, adjetivou de direita burra, pirralhos, e, ao invés de abrir um diálogo, pediu para que quem tivesse descontente que votasse no Hadad”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comBlog do Noblat

Você quer ficar por dentro da coluna Blog do Noblat e receber notificações em tempo real?