O terror dos institutos de pesquisa: a direita que esconde seu voto
O que anima e preocupa os candidatos a prefeito de São Paulo
atualizado
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A nova pesquisa Datafolha para prefeito de São Paulo trouxe notícias boas e ruins para a trinca que a encabeça – Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).
Boulos mostrou que sua base de votos é sólida – algo como 23% das intenções de voto. Em compensação, há várias pesquisas, ele não tem passado disso. Bateu no teto? É insuficiente para vencer.
Daí porque Boulos torce para disputar um eventual segundo turno com Marçal. Contra Nunes, dificilmente venceria. Por sua vez, Nunes celebra o fato de não ter perdido mais votos para Marçal.
Preocupa-se, porém, com a consolidação da candidatura de Marçal que disputa com ele os mesmos votos. De resto, seu gigantesco tempo de propaganda eleitoral ainda não produziu efeitos.
Marçal aparece tecnicamente empatado com Boulos e Nunes, mas na pesquisa anterior do Datafolha havia crescido 7 pontos percentuais, e nesta apenas 1. Perdeu o fôlego? Bateu no teto?
Quem herdará os votos de Luiz Datena (PSDB), em acelerado processo de esvaziamento? Não se sabe. Tabata Amaral (PSB) só cresceu um pontinho e está longe dos candidatos favoritos.
Os pesquisadores descobriram nas eleições de 2022 que parte da direita aprendeu a não declarar em quem vai votar. Ou a mentir quando lhe perguntam sobre qual é seu candidato.
É uma parcela pequena, mas que em uma eleição apertada poderá fazer a diferença. Se a eleição fosse hoje… Mas ela nunca é hoje. E muitos eleitores só escolhem em quem votar no dia.