O sonho de ser ministro do Supremo acaba para Augusto Aras
Bolsonaro não se sente em débito com ninguém, salvo com os filhos
atualizado
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Bem que ele se esforçou. Fez tudo o que Jair Bolsonaro quis até agora e acreditou na solidez da barreira montada por Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, para deter a nomeação de André Mendonça.
Praticamente acabou o sonho de Augusto Aras, procurador-geral da República, de virar ministro do Supremo Tribunal Federal. Ele completa 63 anos neste sábado. A próxima vaga só se abrirá com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski, em maio de 2023.
Então, Aras estará a menos de 7 meses de completar 65 anos. Diz o artigo 101 da Constituição que o Supremo compõe-se de 11 ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade.
Se Bolsonaro não se reeleger, Aras não terá chances. Caso se reeleja, as chances de Aras serão pequenas, porque curto será o tempo para que seu nome seja aprovado pelo Senado. De resto, salvo os filhos, Bolsonaro não se sente em débito com ninguém.
Restará a Aras torcer para que algum ministro resolva se aposentar antes da hora.