O silêncio é a resposta de Augusto Aras ao que assusta o país
O Procurador-Geral da República nada quer comentar que possa pôr em risco os seus planos
atualizado
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Augusto Aras, o Procurador-Geral da República, está na muda. Ou terá suas penas renovadas para que continue ocupando o mesmo cargo por mais dois anos ou trocará de ninho, passando a pousar no Supremo Tribunal Federal como um dos seus onze ministros.
O jornal Folha de São Paulo perguntou a Aras o que ele achou da declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro sobre o eventual cancelamento das próximas eleições; Aras calou-se. Não respondeu também sobre se houve fraude na eleição de 2018.
Aras ainda aposta que poderá se beneficiar da resistência do Senado à indicação de André Mendonça para a vaga no Supremo que se abrirá hoje com a aposentadoria do ministro Marco Antonio de Mello. Se isso não ocorrer, seguirá como procurador.
Não quer falar nada que possa comprometer seus planos. Não acha mal ser apontado como serviçal de Bolsonaro. Acredita que o país, sem ele no cargo que ocupa, estaria pior. É a mesma coisa que Paulo Guedes, ministro da Economia, pensa a respeito de si.