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O que o Peru e o Brasil têm em comum, e o que os distingue

A democracia triunfou lá e cá

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Presidente do Peru, Pedro Castillo, durante pronunciamento de dissolução do Congresso. Ele aparece sentado, segurando um discurso e com a bandeira do Brasil atrás - Metrópoles
1 de 1 Presidente do Peru, Pedro Castillo, durante pronunciamento de dissolução do Congresso. Ele aparece sentado, segurando um discurso e com a bandeira do Brasil atrás - Metrópoles - Foto: Reprodução de vídeo

Que país politicamente instável é o Peru. Só nos últimos 6 anos teve 6 presidentes. Um deles (Alberto Fujimori) foi condenado e preso; outro (Alan Garcia) suicidou-se para não ser preso; e o mais recente (Pedro Castillo) governou apenas 16 meses. Ao tentar, ontem, dar um golpe, foi derrubado pelo Congresso e está preso.

Comparado com o Peru, o Brasil é um exemplo de estabilidade política. Verdade que para não ser deposto, o presidente Getúlio Vargas suicidou-se; na tentativa de dar um golpe, Jânio Quadros renunciou à presidência; os militares é que deram o golpe depois, implantando uma ditadura que se estendeu por 21 anos.

Mas, de 1985 para cá, reina a paz. O presidente Tancredo Neves só não tomou posse porque morreu, dando lugar ao vice. O primeiro presidente eleito pelo voto direto, Fernando Collor, envolveu-se em corrupção e foi derrubado pelo Congresso, assumindo o vice. E o Congresso derrubou a presidente Dilma, mas o vice assumiu.

Tudo dentro da mais perfeita legalidade, como legal foi a eleição do presidente Jair Bolsonaro, cavalgado pelos militares para que eles pudessem voltar ao poder. Verdade também que esses últimos quatro anos foram vividos sob a ameaça de golpe caso Bolsonaro não se reelegesse. Lula derrotou-o e se prepara para tomar posse.

Seria diplomado no dia 19 de dezembro. Antecipou a diplomação para o dia 12. Nunca se sabe… Há bolsonaristas acampados em áreas próximas a quartéis à espera de que algo caia do céu e Lula não tome posse. Os atuais comandantes militares talvez renunciem aos seus cargos por se recusarem a bater continência a Lula.

Fora isso, porém… O Peru é que dá pena. Por lá, assumiu a vice de Castillo, a primeira mulher a governar o país. Quando Castillo foi eleito, Lula congratulou-se com ele. Os adversários de Lula esperavam que ele protestasse contra a queda de Castillo, mas nessa casca de banana só escorregaria um amador tipo Bolsonaro.

Lula foi contra o golpe de Castillo e elogiou o triunfo da democracia no Peru. A eleição de Lula significou também o triunfo da democracia no Brasil, enfraquecida com o aval dos que a suprimiram antes. Não a suprimiram desta vez porque seria um desastre do ponto de vista estritamente econômico. Quem o disse?

O general Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, que se elegeu senador pelo Rio Grande do Sul.  Ele promete: “Faremos uma oposição responsável a Lula”.

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