O que Nogueira fará com a herança legada pelo general Ramos
Há militar demais na Casa Civil, onde o líder do Centrão deverá passar os próximos meses
atualizado
Compartilhar notícia
O que Ciro Nogueira (PP-PI), novo chefe da Casa Civil da Presidência da República, fará com a herança maldita de militares empregados pelo antigo ocupante do cargo, o general Luiz Eduardo Ramos, amigo de Bolsonaro há mais de 40 anos?
Só na assessoria direta de Ramos havia nove colegas dele do Exército – sem levar em conta os que o general empregou em outros lugares. Como não atender a um pedido de Ramos, da turma de Bolsonaro na Academia Militar de Agulhas Negras?
Nogueira quer cercar-se de servidores da Câmara dos Deputados e do Senado, território que ele conhece como a palma da mão, onde fez amigos e onde tem gente de sua confiança. E diz que Bolsonaro lhe deu carta branca para montar sua equipe.
Quem acreditou nessa história de carta branca dada por Bolsonaro deu-se mal. O ex-juiz Sergio Moro foi um. Ao assumir o Ministério da Justiça, convidou uma socióloga para trabalhar com ele, e Bolsonaro simplesmente vetou-a.
Militares empregados por Ramos, mas não só esses, começaram a reclamar da disposição de Nogueira para fazer o que acha que deve ser feito. Se depender de Ramos, uma parte deles irá para a Secretaria-Geral da Presidência, novo endereço do general.