O que não faz Tarcísio de Freitas para agradar a Bolsonaro…
Aluno de Olavo de Carvalho com um pé dentro do governo paulista
atualizado
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Melhor que o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) mande esboçar uma nova nota oficial para prevenir-se de perdas e danos caso o assunto continue a repercutir.
Na semana passada, em nota oficial, ele desculpou-se de trocas no cardápio gastronômico do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo que pretende leiloar para construir uma mais moderna.
Comensais do palácio reclamaram que a feijoada, tradicionalmente servida às quartas-feiras, passou para as sextas. E que o virado à paulista, das segundas, passou para as quartas. Isso não se faz!
Tarcísio lavou as mãos: disse que a decisão não foi dele, mas da empresa encarregada da alimentação do palácio. O carioca da gema desagradou a gregos, troianos, paulistas – e a quem mais?
Agora, a secretária de Cultura do seu governo, Marilia Marton, sugeriu a indicação do cineasta Josias Teófilo para o conselho curador da Fundação Padre Anchieta, que mantém a TV Cultura.
A obra mais conhecida de Teófilo é o documentário “O Jardim das Aflições”, sobre o escritor Olavo de Carvalho, guru da família Bolsonaro enquanto viveu. Teófilo foi aluno de Olavo.
Diante da reação de conselheiros da fundação, Marilia recuou e indicou Aldo Valentim, que foi secretário nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural do governo Bolsonaro.
Vai dizer que nunca ouviu falar da Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural… Eu também nunca ouvi. Marília promete empregar Teófilo tão logo possa.
Deus ajuda quem cedo madruga – donde a ideia de aprontar a nota oficial que isente Tarcísio da responsabilidade que só caberia a Marilia. Governador nem sempre manda em secretária, não é?