O que Millôr Fernandes diria sobre o escândalo do roubo das joias?
A falta que ele faz, justamente agora
atualizado
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Jornalista, cartunista, escritor, dramaturgo, tradutor, autor de frases lapidares sobre qualquer coisa, especialmente sobre os costumes nativos, Milton Viola Fernandes, ou apenas Millôr Fernandes, carioca do Méier, completaria hoje 100 anos.
Morreu com 88 anos, depois de ter trabalhado nos principais veículos de imprensa do Brasil. Foram mais de 70 anos no batente. Usou e abusou da ironia e da sátira para criticar de preferência os políticos e os poderosos em geral. Batia à direita e à esquerda.
Em uma rara entrevista que concedeu, declarou-se anarquista. Alguma de suas frases:
Livre como um táxi.”
“O preço da fidelidade é a eterna vigilância.”
“Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos muito bem.”
“Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.”
“Brasil, condenado à esperança.”
“O otimista não sabe o que o espera.”
“Em política nada se perde e nada se transforma – tudo se corrompe.”
“A diferença entre a galinha e o político é que o político cacareja e não bota o ovo.”
“Em política nada se perde e nada se transforma – tudo se corrompe.”
“Como diz o cara absolutamente íntegro apanhado roubando: ‘bem, eu também sou humano’.”
“Generalizando-se a corrupção, restabelece-se a Justiça.”
“Ainda está pra nascer o erudito que se contenha em saber só o que sabe.”
“A alma enruga antes da pele.”
“Ambíguo, eu? Pode ser, pode não ser.”
“Quando começou a comprar almas, o diabo inventou a sociedade de consumo.”
“Além de ir pro inferno só tenho medo de uma coisa: juros.”