O ministro do Supremo que é capaz de viajar e de se defender sozinho
Não se recomenda desafiá-lo para uma briga
atualizado
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Há uma semana, enquanto o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, assistia, em Londres, à partida final da Uefa Champions League entre Real Madrid e Borussia Dortmund no estádio de Wembley, seu colega Luiz Fux participava em Manaus da cerimônia de graduação de Elvis Damasceno, presidente da Federação de Jiu-jítsu do Amazonas.
Fazia frio em Londres (15 graus), com tendência de queda, e em Manaus o calor não era tão sufocante como costuma ser (26 graus). Mas o tempo fechou para Toffoli ao se descobrir que ele era o mais ilustre convidado do camarote comprado pelo empresário bolsonarista Alberto Leite, dono da FS Security. A viagem de Fux só chamou a atenção dos praticantes de artes marciais.
Apreciador de diversos esportes como futebol, tênis e corridas de carros, Toffoli foi obrigado a se explicar. Tanto mais por ter viajado na companhia de um agente de segurança. Toffoli disse que pagou suas próprias despesas. As do segurança (39 mil reais) foram pagas pelo tribunal. Todos os ministros do Supremo têm direito à proteção de agentes. Fux viajou sozinho.
Com 71 anos de idade, Fux luta jiu-jítsu há pouco mais de 40 anos desde que lhe roubaram um relógio em uma praia do Rio. Foi aluno do grande nome da história da arte suave, Osvaldo Alves, que nasceu no Acre, mudou-se para o Rio e depois para Manaus, e morreu aos 83 anos. Osvaldo era faixa vermelha 9º Dan. Fux é faixa vermelha e branca 8º Dan. Vai encará-lo?
No sistema de graduação do jiu-jitsu brasileiro, a faixa vermelha é geralmente reservada para mestres que alcançaram o 9º e 10º grau. Esses graus são uma honra e reconhecimento de uma vida dedicada ao jiu jitsu, com contribuições significativas para a arte. O presidente da Federação de Jiu-jítsu do Amazonas é faixa vermelha e branca 6º Dan. Fux fez questão de prestigiá-lo.