O general que chorou quando Lula se elegeu está firme e forte
Correu o risco de cair, mas o perigo já passou
atualizado
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Emotivo, o general Gonçalves Dias, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da presidência da República (GSI), chorou na noite do dia 30 de outubro último ao saber que Lula se elegera.
Os dois são amigos de longa data, e o general foi responsável pela segurança de Lula durante a campanha. Não se sabe se ele chorou ontem ao saber da nomeação de 121 militares para o GSI.
A posição do general dentro do governo esteve em risco enquanto durou o período de transição de Bolsonaro para Lula e depois da tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro.
Primeiro, foi a ameaça de que lhe tirassem o poder de mando sobre a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), o serviço secreto do governo. O GSI sem a ABIN vira um órgão apenas burocrático.
O general Augusto Heleno, antecessor de Gonçalves Dias no cargo, sentiu isso na pele quando Bolsonaro nomeou um homem de sua confiança para chefiar a ABIN e passou a despachar com ele.
Depois da tentativa do golpe, Lula falou que queria desmilitarizar o GSI porque passou a não confiar nos militares que ali serviam. Sua segurança passaria a ser feita pela Polícia Federal.
Com a ajuda do novo comandante do Exército, o general Tomás Ribeiro Paiva, Gonçalves Dias venceu a parada. Lula parece ter recuperado sua confiança nos militares – não em todos, é claro.