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O fracasso do comício de Bolsonaro no Recife foi culpa do sanfoneiro

De cara amarrada, o presidente falou para cerca de 100 pessoas

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Gilson Machado participa de cerimônia em comemoração ao dia do Forró e Aniversário do Luiz Gonzaga, no salão nobre do Palácio do Planalto 1
1 de 1 Gilson Machado participa de cerimônia em comemoração ao dia do Forró e Aniversário do Luiz Gonzaga, no salão nobre do Palácio do Planalto 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Está queimado o filme de Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo, junto a Bolsonaro. Gilson deve ao presidente da República tudo o que ele é ou se tornou.

Antes de conhecê-lo, Gilson era líder de uma banda de forró chamada “Brucelose”; tocava sanfona e desafinava cantando. Brucelose é uma doença que os animais transmitem a pessoas.

Bolsonaro ouviu-o tocar e cantar quando passou pelo Recife em campanha para presidente da República. Como não entende de música, gostou do que ouviu e principalmente gostou dele.

Então, depois de eleito, empregou-o como presidente da Embratur e, mais tarde, o promoveu a ministro do Turismo. Música e turismo poderiam ser a mesma coisa, e por que não?

Gilson, este ano, convenceu Bolsonaro de que tinha chances de se eleger senador por Pernambuco. E de que Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão, seria um bom candidato ao governo.

Aberta as urnas, Gilson ficou em terceiro lugar com 30% dos votos, o mesmo percentual alcançado por Bolsonaro no Estado. Ferreira teve 19%. Mas o que queimou o filme de Gilson não foi isso.

Bolsonaro pediu que ele reunisse líderes evangélicos para um encontro, ontem, e Gilson reuniu-os no hotel Transamérica da praia do Pina. Mas sempre prestativo, quis ir além e deu-se mal.

Contratou um carro de som para que depois da reunião Bolsonaro fizesse um comício no estacionamento do hotel. Fantasiou dois homens de vaqueiro para dar uma cor nordestina ao ato.

Só que esqueceu de providenciar público para assistir ao comício e aplaudir tudo o que Bolsonaro falasse. Foi um desastre. Bolsonaro, de cara amarrada, falou para cerca de 100 pessoas.

E pior: fotos do comício nanico viralizaram na internet em contraste com fotos de multidões que nas últimas 48 horas acompanharam Lula em Salvador, Aracaju e Maceió.

Para completar a desgraça, Lula estará, hoje, no Recife para o que deverá ser um megaevento. Pernambuco tem 185 municípios. Pelo menos 130 confirmaram o envio de delegações.

Na tentativa de justificar o vexame, Bolsonaro comentou sobre o fracasso do comício: “O povo veio de forma voluntária”. De que outra forma poderia ter ido? Pressionado? Sob vara? Alugado?

Os motoqueiros que em qualquer lugar atendem ao apelo de Bolsonaro para desfilar com ele o fazem em troca do combustível. Enchem o tanque e mal gastam um terço do tanque.

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