O dia em que Pedro Guimarães ou Maluco deu lugar a Pedro Garagem
De repente, o carro blindado começou a balançar, balançar…
atualizado
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Foi a Teresina, capital do Piauí, em 2019, uma das primeiras viagens a serviço do impetuoso Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal, conhecido como Pedro Maluco desde que trabalhara antes no BTG Pactual e no Banco Santander.
E para seus deslocamentos na cidade, ele exigiu que fosse alugado um carro preto e blindado. Havia carro preto nas locadoras de Teresina, mas blindado, não. O jeito foi alugar um em Fortaleza, que chegou à cidade dirigido por um evangélico de raiz.
Acompanhado de uma funcionária da Caixa, não se sabe se levada de Brasília ou se escolhida por ele em Teresina, Guimarães começou a dar conta de sua pesada agenda de compromissos. E foi entre um e outro que Pedro Maluco deu lugar a Pedro Garagem.
Ele mandou que o motorista o levasse, e à moça, ao Shopping Rio Poty, às margens do rio com o mesmo nome que corta a cidade. Situado na Avenida Marechal Castelo Branco, o shopping foi construído onde nos anos 60 funcionava um hospício famoso.
Guimarães mandou que o motorista parasse o carro no estacionamento. E sob a desculpa de que precisava ter uma conversa reservada com a moça, orientou-o a sair do carro para só voltar quando ele avisasse. E assim se fez.
Acontece que mesmo a certa distância, o motorista viu, dali a instantes, que o carro começou a balançar, balançar, balançar. Decidiu ir ver o que se passava. E o que viu, deixou-o indignado. Sacou do celular e informou a respeito ao seu chefe em Fortaleza.
Disse que dali por diante, recusava-se a transportar o casal. Foi convencido a não abandonar o serviço sob ameaça de demissão, mas nunca mais esqueceu a história. No mesmo dia, ela chegou aos ouvidos da nata da sociedade de Teresina e é lembrada até hoje.