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O céu para Ricardo Nunes está carregado de nuvens pesadas

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Pesquisa Pablo Marçal Ricardo Nunes
1 de 1 Pesquisa Pablo Marçal Ricardo Nunes - Foto: Reprodução

No vocabulário da Organização da Aviação Civil Internacional, a expressão “pan-pan” significa “condições de urgência”. “Mayday” significa perigo, um degrau acima em matéria de gravidade.

Um dos pilotos do avião que transportava Lula de volta ao Brasil, logo após a decolagem, declarou situação de urgência à torre de controle do aeroporto da cidade do México.

Para queimar combustível e aterrissar com segurança, o avião passou cerca de cinco horas sobrevoando a capital mexicana. Foi um susto e tanto para Lula e a sua comitiva.

Um dos passageiros viu Lula se benzer e rezar em voz baixa. Lula tem medo de voar. Desembarcou em Brasília dizendo que autorizará a compra de um avião mais moderno e mais seguro.

Lula ficou isolado do Brasil. A internet parou de funcionar. Emudeceu o telefone que ele usa para se comunicar dentro do avião. Teve de procurar os pilotos para saber o que se passava.

Candidato à reeleição, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), vive uma situação parecida. Os que pilotam sua campanha já declararam “condições de urgência” – ou “pan-pan”.

Pesquisas diárias feitas por telefone para consumo interno sugerem que Nunes tem oscilado muito, e algumas vezes perigosamente para baixo na preferência dos eleitores.

E sempre que ele perde pontos, quem os ganha é Pablo Marçal (PRTB), o adversário que mais o ameaça no momento. O céu para Nunes é escuro e está carregado de nuvens pesadas.

O pessoal adepto da linguagem náutica diz observar um recuo do mar e a formação no horizonte de uma onda que pode ou não se agigantar. Só não faz ideia se ela quebrará na praia até domingo.

Em 2022, às vésperas do primeiro turno, as pesquisas de intenção de voto deram a Tarcísio de Freitas, candidato ao governo de São Paulo, algo como 21%. Abertas as urnas, ele apareceu com 41%.

Tarcísio teria sido eleito no primeiro turno se não tivesse perdido cerca de 500 mil votos, anulados porque eleitores votaram no 22, o número do partido de Bolsonaro, pensando que votavam nele.

No debate desta noite promovido pela TV Globo, Marçal poderá se dar ao luxo de comportar-se como um candidato civilizado, sem ser tão agressivo como de fato é, e sem abusar de truques infames.

É Nunes que terá de mostrar serviço. Não poderá dar um único passo em falso se quiser contrariar a lei não escrita de que a capital paulista não premia seus prefeitos com um novo mandato.

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