Nomeação de Mendonça para ministro do STF subiu no telhado
Senado não quer dar a Bolsonaro mais um ministro que ele possa chamar inteiramente de seu
atualizado
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A indicação de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal subiu no telhado há algumas semanas e por lá ficou até agora. A situação não mudou nem mesmo com a volta à cena de Jairzinho paz e amor, uma jogada do ex-presidente Michel Temer para baixar os ânimos entre os poderes Executivo e Judiciário.
Não só por isso agiu Temer. Ao arrancar a assinatura do presidente Jair Bolsonaro em uma carta em que ele recua de suas críticas ao Supremo Tribunal Federal, Temer viu-se alçado à condição de Lexotan do país e de aspirante, por ora discreto, a candidato à eleição do ano que vem. Melhor do que ter sido é ser de novo.
O Senado não quer dar a Bolsonaro de jeito nenhum a segunda vaga de ministro do Supremo aberta em sua gestão. Muito menos um ministro para que ele possa chamar inteiramente de seu, como chama Kassio Nunes que ocupou a vaga de Celso de Mello. Sozinho, Mendonça não irá a lugar algum, talvez só para casa.
Um ministro do Supremo revelou a este blog: “De pelo menos 10 pessoas do governo que falaram comigo desde a indicação de Mendonça, nenhuma me pediu ajuda para que o nome dele fosse aprovado pelo Congresso”. Quando indicado pela presidente Dilma para ministro, Edson Fachin também ficou ao Deus dará.