No início da pandemia, Ciro propôs uma trégua política a Bolsonaro
Em carta ao presidente da República, candidato do PDT disse que suspenderia a luta política e sugeriu medidas para combater a Covid-19
atualizado
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Contou, esta manhã, Ciro Gomes, candidato do PDT a presidente no ano que vem, em entrevista à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro:
“Eu pensei: vem aí um morticínio, uma ameaça de vida e morte para muitos milhões de pessoas e eu preciso botar as armas de lado e colaborar. Foi em março do ano passado, e aí mandei uma carta a Bolsonaro. Nela, dizia: ‘Olha, presidente, eu sou oposição ao senhor, mas durante essa pandemia eu vou suspender a guerra, a luta política, que é minha responsabilidade, para que a gente possa todo mundo pegar junto e proteger nosso povo”’ .
Então sugeriu a aplicação de testes em massa e o isolamento social radical, “porque quanto mais radical ele fosse, mais breve seria”. Para isso, a população deveria ser paga, só assim permaneceria em casa. Defendeu o auxílio emergencial de R$ 600 até que 75% da população estivessem vacinados, se houvesse vacina. Apontou a fonte de recursos para isso. Mas Bolsonaro nunca respondeu à carta, nem mesmo para agradecer sua boa vontade.
Na entrevista, Ciro voltou a dizer que tem confiança de que estará no segundo turno. E afirmou que não é hora de discutir eventual apoio a ninguém, nem a ele mesmo, em uma segunda etapa da eleição. Na primeira, ele pretende discutir um modelo econômico para o país.