Nem Bolsonaro gostou do seu desempenho no Jornal Nacional
Porque temiam o pior, ministros e assessores de campanha o elogiaram
atualizado
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Era para Bolsonaro ter falado mal de Lula e do PT na entrevista de 40 minutos ao Jornal Nacional. Assim fora orientado por seus assessores de campanha, mas acabou não falando.
Era também para ter falado das realizações do seu governo, mas não o fez pelo menos da forma combinada. Era para ter falado diretamente às mulheres e aos mais pobres, mas calou-se.
E por que? Porque ficou surpreso com as perguntas iniciais dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos e passou à defensiva, tendo que dar explicações que não gostaria de dar.
Esteve acuado durante parte da entrevista, atormentado com o risco de soltar os freios de repente, abandonar o figurino que vestia e deixar emergir seus instintos mais primitivos.
A verdade é que ele não gostou do seu desempenho, por mais que tenha ouvido elogios dos que o acompanhavam. E assim, apressou-se a fazer logo uma live sobre o próximo dia 7 de setembro.
Não foi propriamente uma fala, mas uma convocação. Convocou seus eleitores para o desfile militar em Brasília e o comício, que não chamou de comício, a realizar-se em Copacabana, no Rio.
Mencionou algumas das atrações que animarão o comício às portas do Forte de Copacabana: bandas de música do Exército, Marinha e Aeronáutica, paraquedistas e a Esquadrilha da Fumaça.
Se outra vez der ouvidos aos que o cercam, na ocasião não desqualificará as urnas eletrônicas nem o sistema de apuração de votos, muito menos atacará ministros dos tribunais superiores.
Está em modo de enganar o distinto público, embora isso não seja de hoje. Até quando?