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Moro e a questão que o atormenta: ser ou não ser candidato?

Sua rejeição é baixa: 26%. A de Lula, 38%. A de Bolsonaro, 59%. Mas ele resistiria ao rolo compressor de petistas e bolsonaristas?

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Ex-juiz Sergio Moro
1 de 1 Ex-juiz Sergio Moro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ex-juiz Sergio Moro já admite que não seria tão mal assim dispor de um palanque nas eleições do ano que vem para defender-se dos ataques de Lula e do PT que inevitavelmente lhe serão feitos. Quando nada para isso. Mas, para tanto, ele teria de concorrer à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.

Palanque estadual não serviria. O problema é: ele disputaria com chances uma vaga de senador por seu estado, o Paraná. Eleger-se deputado seria uma barbada, mas não quer. Caso se candidatasse a presidente, teria contra ele os partidários de Lula e de Bolsonaro. Parada dura, convenhamos. E então?

De resto, Moro não é do ramo. Cometeu a tremenda besteira de trocar a toga que o consagrara pelo cargo de ministro da Justiça que Bolsonaro lhe ofereceu e, mais tarde, tomou. Acreditou na promessa de Bolsonaro de fazê-lo ministro do Supremo Tribunal Federal. Imaginou que os políticos, em Brasília, o acolheriam.

Era mais do que previsível de que aconteceria justamente o contrário. Políticos de todos os partidos, enrolados ou não com a Justiça, queriam vê-lo pelas costas. Acusam-no de ter demonizado a política. Celebraram eufóricos, mas com discrição, quando ele pediu demissão, forçado por Bolsonaro.

Os desesperados à procura de um candidato da terceira via dão a maior força para que Moro se convença de que deve ser candidato a presidente. Dinheiro para despesas da campanha não lhe faltaria. Sim, e votos? E os demais aspirantes a candidato nem-nem lhe estenderiam o tapete? E se não decolasse nas pesquisas?

Recentes pesquisas lhe dão algo como 5% das intenções de voto. Como ponto de partida, nada mal. Na última pesquisa do Datafolha que incluiu seu nome, em maio, só 26% dos entrevistados disseram que não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição de Lula, em setembro, era de 38%, e a de Bolsonaro, 59%

Decisão arriscada, essa, que o ex-juiz empurrará com a barriga o quanto puder, pelo menos até o fim do ano. E que lhe custaria o emprego num escritório americano de advocacia onde é bem pago. Luciano Huck optou por aumentar sua fortuna a arriscar-se a ser esmagado em uma eleição tão polarizada como a que se anuncia.

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