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Ministro Paulo Guedes sugere dar sobras de comida aos mais pobres

Guedes perdeu mais uma oportunidade de ficar calado. Ele coleciona frases polêmicas e depois joga a culpa nos outros

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Ministro da Economia, Paulo Guedes
1 de 1 Ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Paulo Guedes, ministro da Economia, deveria ou não ir outra vez para o paredão depois do que disse a respeito de oferecer aos brasileiros pobres sobras de comida das mesas dos ricos e de restaurantes?

Ao participar de um fórum da Associação Brasileira dos Supermercados, Guedes comparou o tamanho do prato de um brasileiro de classe média ao de um europeu para ilustrar o problema do desperdício de alimentos no país.

Uma alternativa que sugeriu foi a distribuição das sobras de alimentos de restaurantes aos mais pobres e vulneráveis.

“Você vê um prato de um classe média europeu, que já enfrentou duas guerras mundiais, são pratos relativamente pequenos. E os nossos aqui, nós fazemos o almoço onde às vezes há uma sobra enorme, e isso vai até o final, que é a refeição da classe média alta, até lá há excesso.”

E foi adiante, empolgado com a ideia:

“Com a alimentação que não foi utilizada durante o dia no restaurante, dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É melhor do que deixar estragar essa comida, que estraga diariamente na mesa das classes mais altas brasileiras, e também o desperdício ao longo de toda a cadeia produtiva”.

Seduzido pela própria voz, o ministro é useiro e vezeiro em fazer declarações polêmicas que acabam se voltando contra ele. Quando isso acontece, ele diz que foi mal interpretado, ou que tiraram suas palavras do contexto, ou simplesmente culpa a imprensa.

Algumas coisas que ele já disse:

“O chinês inventou o vírus e a vacina dele é menos efetiva que a do americano. O americano tem cem anos de investimento em pesquisa. Então os caras falam: ‘qual o vírus? É esse? tá bom’. Decodifica, tá aqui a vacina da Pfizer. É melhor do que as outras.” (27/4/2021)

“Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses [de auxílio emergencial], aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia.” (20/5/2020)

“Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vamos importar menos, fazer substituição de importações, turismo. (Era) todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para a Disneylândia, uma festa danada.” (12/2/2020)

O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, além de ter estabilidade na carreira e aposentadoria generosa. O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita.”  (7/2/2020)

“As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. Você não tem um meio ambiente limpo porque as soluções não são simples. São complexas.” (21/1/2020)

“Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com 10 meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5.” (21/11/2019)

“Desde quando o Brasil, para crescer, precisou da Argentina?” (15/8/2019)

“O Macron (presidente da França) falou que estão colocando fogo na Amazônia. O presidente (Bolsonaro) devolveu, falou que a mulher do Macron é feia. O presidente falou a verdade, ela é feia mesmo.” (5/9/2019)

Guedes e Bolsonaro foram feitos um para o outro.

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