Ministro Flávio Dino deitou e rolou na Câmara, zoando a oposição
Ah, se arrependimento matasse…
atualizado
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A primeira audiência na Câmara com um ministro do governo Lula (PT) foi marcada por duas coisas: bate-boca entre opositores e aliados do Palácio do Planalto, e o desempenho de Flávio Dino (PSB-MA), ministro da Justiça e da Segurança Pública.
Os bolsonaristas compareceram e dispostos a acuar o ministro. Que por mais de cinco horas respondeu a todas as provocações, e foi embora dizendo que aprendera muito com eles para depois poder ensinar aos seus alunos do curso de Direito.
Como professor, Dino gosta de um palco. E foi um palco que fizeram o favor de lhe oferecer. Algumas de suas tiradas:
“Dizer que eu respondo a 277 processos se insere mais ou menos no mesmo continente mental de quem acha que a terra é plana… e eu, olhando nos seus olhos, deputado, sei que o senhor sabe que a terra é redonda”.
“Pelo jeito o senhor não acredita na Polícia Federal, pois ela durante todo esse tempo não encontrou nenhuma dessas provas das quais o senhor fala [sobre ligações do PT com o PCC]”.
“Eu cometi um erro e quero pedir desculpas. Na próxima, eu vou convidar os deputados federais e as deputadas federais a irem comigo [nas favelas], porque eu quero crer que não é todo mundo que tem medo das comunidades mais pobres do Brasil”.
“A imunidade parlamentar não pode ser desvirtuada. Uma coisa é fazer questionamentos, outra é dizer: Flávio Dino foi na Favela da Maré em acordo com Comando Vermelho. Isso não é questionamento”.
“O senhor pergunta e eu respondo. Eu não mando na sua pergunta e o senhor não manda na minha resposta.”
“Não sou justiceiro. O senhor perguntou de tiro e bomba. Isso é problema de quem vê muito filme da Netflix.”