Ministra Flávia Arruda está com um pé fora do governo Bolsonaro
Arthur Lira, que planeja reeleger-se presidente da Câmara, fez acordo com Gleisi Hoffmann, presidente do PT
atualizado
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O desabafo foi feito na última quarta-feira em conversa com um grupo de deputados na chapelaria do prédio da Câmara. Um deles perguntou sobre a mobilização de Jair Bolsonaro em torno do 7 de Setembro. Ministra da Secretaria do Governo, responsável pela articulação política, Flávia Arruda (PL-DF) respondeu:
“Não aguento mais, isso é um inferno. Eu era feliz e sabia. Em breve, volto para cá”.
A informação está na edição desta semana do TAG REPORT, relatório das jornalistas Helena Chagas e Lydia Medeiros. Flávia é deputada federal. Por ser muito próxima de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, foi parar na Secretaria do Governo. Ali funciona como uma espécie de despachante do Centrão.
Lira também está insatisfeito com o comportamento ensandecido do presidente da República. Disse há poucos dias a alguns dos seus pares que seus últimos compromissos com o governo eram a reforma do Imposto de Renda, aprovada na última terça-feira (31/8), e a reforma administrativa que será votada em breve.
O acordo que permitiu a votação da reforma do Imposto de Renda foi celebrado pessoalmente por Lira com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Para Lira, não fará diferença se o próximo presidente for Bolsonaro ou Lula. O Centrão servirá a qualquer um com o mesmo desvelo e em troca das mesmas coisas.