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Marçal é “uma coisa abjeta, um criminoso, um marginal”, diz Boulos

A eleição para prefeito de São Paulo é sobre Lula, para enfraquecê-lo

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Pablo Marçal (esq.) e Guilherme Boulos, candidatos à Prefeitura de SP - Metrópoles
1 de 1 Pablo Marçal (esq.) e Guilherme Boulos, candidatos à Prefeitura de SP - Metrópoles - Foto: Reprodução

Ninguém é obrigado a estar preparado para enfrentar em debate público quem acha que eleição é uma luta de vale tudo. Para Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB) e Luiz Datena (PSDB), não vale tudo para se eleger prefeito de São Paulo. Para Pablo Marçal (PRTB), vale. Ele mesmo admite:

“Eu queria ser um menino bonzinho que não peida, mas não sou assim”.

No primeiro turno da eleição de 2022, Lula e Bolsonaro estiveram cara a cara quatro vezes, juntamente com os demais candidatos a presidente mais bem situados nas pesquisas de intenção de voto. E, no segundo turno, duas vezes. Os temas mais candentes foram debatidos e eles trocaram pesadas acusações.

Mas em momento algum apelaram para golpes baixos. Havia uma espécie de linha vermelha traçada no chão que nenhum deles atravessou. No horário de propaganda da eleição presidencial de 1989, a primeira depois do fim da ditadura militar, Fernando Collor ignorou a linha de uma maneira que o país jamais veria.

Collor levou ao ar depoimento da enfermeira Miriam Cordeiro, mãe de Lurian, filha de Lula. No vídeo, Miriam dizia que Lula ofereceu dinheiro para que ela abortasse. Lurian saiu em defesa do pai no horário de propaganda dele. Descobriu-se que Collor pagou a Miriam para que ela dissesse o que disse.

Marçal não está a serviço de ninguém, a não ser de sua ambição de governar a capital paulista, quando diz e repete que Boulos cheira cocaína. E promete apresentar provas disso no último debate entre os candidatos que será promovido pela TV Globo em 3 de outubro. No Roda Viva, ontem, Boulos voltou a negar que cheire.

Bolos emocionou-se ao lembrar do sofrimento de sua filha, sujeita na escola a perguntas de colegas sobre o suposto vício do pai. E disse com a voz embargada:

“Minha filha chega, chora, como que fica. Olha o nível que chega, olha o esgoto que chega. Quando mexe com sua família, com quem você mais ama na vida, com criança, aí te faz perder o prumo. […] Marçal é uma coisa abjeta, um criminoso, um marginal. Ele próprio já foi condenado por fraude bancária”.

Perder o prumo… É tudo que Marçal espera que aconteça com Boulos e com Nunes, empatados com ele nas pesquisas de intenção de voto. Nunes subiu o tom e afirmou que Marçal está envolvido “até o nariz” com o crime organizado de venda de drogas. Dos candidatos, Tabata é quem melhor enfrenta Marçal até aqui.

Marçal está convencido de que com a ajuda da extrema-direita que começa a abandonar Nunes, irá para o segundo turno contra Boulos, candidato de Lula. Caso isso ocorra, contará com o apoio de Bolsonaro e de quem mais queira derrotar a esquerda. A eleição em São Paulo é sobre Lula, para enfraquecê-lo antes de 2026.

O que apavora Marçal é a possibilidade do seu sonho ser obstruído pela Justiça. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, destravou uma ação que pode provocar um “efeito dominó” no PRTB e implodir a candidatura de Marçal. A ação estava parada havia 20 dias no gabinete da ministra.

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