Mal começaram a ser descobertos os podres da Era Bolsonaro
Devassa vai ganhar velocidade
atualizado
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E se Bolsonaro tivesse sido reeleito em 30 de outubro do ano passado? Com certeza, não haveria a depredação dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Em outra data, a depender de como se comportassem seus ministros, os prédios do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral poderiam, sim, ser atacados.
Se dependesse de Bolsonaro, teriam sido atacados há mais tempo. Em 2021, ele encomendou um voo rasante de um jato da FAB sobre o prédio do Supremo para estilhaçar seus vidros.
Alvo da encomenda, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse não. Foi demitido. Os comandantes, à época, do Exército, Marinha e Aeronáutica pediram demissão.
Nunca antes na história democrática do Brasil, um presidente da República, em meio ao governo, substituiu de uma vez os comandantes das três armas.
Reeleito Bolsonaro, o escândalo das joias sauditas não teria vindo à tona. A essa altura, os agentes da Receita que apreenderam as joias de Michelle já teriam sido transferidos para outros postos.
E as joias estariam brilhando no pescoço, nos dedos e nas orelhas da primeira-dama com mandato renovado. Não se saberia que o pacote com joias para Bolsonaro entrou ilegalmente no país.
Sim, e a devassa ilegal feita nos dados fiscais e sigilosos do ex-ministro Gustavo Bebianno e do empresário carioca Paulo Marinho, desafetos da família Bolsonaro? Também seria ignorada.
Se não fosse, ficaria por isso mesmo. Por acaso, o Ministério do Trabalho teria sido acionado para resgatar baianos em situação de trabalho escravo no Rio Grande do Sul? Nunquinha.
Não havia Ministério do Trabalho. Quem ousaria investigar uma coisa feia dessas em municípios onde Bolsonaro derrotou Lula com folga? De resto, os produtores de vinho gaúcho são bolsonaristas.
A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) usou um programa israelense para espionar nos últimos 3 anos cerca de 10 mil pessoas de cada vez. Luz teria sido jogada sobre o fato?
E sobre as 38,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 vencidas, avaliadas em cerca de 2 bilhões de dólares? Só há pouco, a informação chegou à equipe do governo Lula.
O ex-ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, disse que não era ele quem cuidava do assunto. E que com o esfriamento da pandemia, os brasileiros deixaram de se vacinar. Cloroquina cura.
O tapete que esconde a podridão do governo Bolsonaro mal começou a ser levantado.