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Lulinha paz e amor, Lula mau como um pica-pau. Faça sua escolha

Com uma mão, ele entrega. Com a outra, pode tomar

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Imagem colorida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante giro no Egito - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante giro no Egito - Metrópoles - Foto: Reprodução

Lula não só disse em entrevista à Redetv que “foi grande” o comício realizado por Bolsonaro na Avenida Paulista, no último domingo (25/2). Em conversa com assessores, disse também que só um governo bem-sucedido, como ele espera que seja o seu, poderá derrotar o bolsonarismo nas eleições de 2026.

É o que ele acha de fato? Ou é o que diz para injetar mais ânimo nos companheiros? Vá lá saber. A confiança dele no próprio taco parece grande. E cresce a disposição para fazer acordos com todos os lados do espectro político. Mas o Lulinha Paz e Amor em cena não apaga o Lula mau como um pica-pau.

O Lulinha conciliador assinou, nessa terça-feira (27/2), uma medida provisória revertendo a reoneração da folha de pagamentos que havia sido imposta na véspera do Ano-Novo por meio de outra medida provisória. Cedeu assim à pressão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), seu candidato ao governo de Minas Gerais.

A nova medida provisória torna sem efeito todo o trecho contido na anterior, que previa a reoneração dos 17 setores da economia atendidos pelo benefício. O trecho gerou forte reação negativa do Congresso e de representantes do setor privado. E Pacheco soube galvanizar a reação e faturar politicamente com isso.

No mesmo dia, o Lula mau como um pica-pau liberou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), para que espalhasse no Congresso a informação de que deputados e senadores que assinaram um pedido de impeachment contra ele serão retaliados pelo governo. Perderão cargos e dinheiro de emendas ao Orçamento da União.

Há emendas que são obrigatórias, e estas serão pagas, se possível com atraso. E há liberação de verbas que dependem da boa vontade do governo. Essas verbas poderão ser sustadas. O pedido de impeachment é porque Lula comparou as mortes na Faixa de Gaza com o holocausto dos judeus à época da Alemanha nazista.

Ameaça Alencar Santana (PT-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara:

“Quem assinou o impeachment está dizendo claramente que não está na base. Portanto, se tiver algum tipo de espaço no governo, tem que perder. Essa contradição não pode continuar. Quem assinou tem que decidir de que lado está: ao lado de Lula ou contra”.

O pedido de impeachment só iria adiante se Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, quisesse, mas ele não quer. Lira quer fazer seu sucessor na presidência da Câmara, quer mais cargos no governo, e finalmente quer se eleger senador por seu estado. E Lula pode ajudá-lo a conseguir tudo. Os dois, por ora, estão de bem.

Vida que segue, pois. O impeachment não passa de uma tempestade em copo-d’água.

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