Lula tem palanque sobrando no Maranhão de Flávio Dino
O de Carlos Brandão, candidato ao governo pelo PSB, e o de Weverton Rocha, do PDT de Ciro Gomes
atualizado
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Em 2006, Pernambuco assistiu a algo inédito. O governo foi disputado por dois candidatos apoiados por Lula, então presidente da República e candidato à reeleição. Reelegeu-se.
Um era Humberto Costa (PT), atual senador e aspirante a candidato ao governo; o outro, Eduardo Campos (PSB), neto do ex-governador Miguel Arraes, que apoiava Lula.
Docemente constrangido, o que fez Lula? Em um comício no bairro de Brasília Teimosa, no Recife, juntou Costa e Campos no mesmo palanque e pediu votos para os dois. Eu estava lá e vi.
No primeiro turno, Campos teve mais votos do que Costa, e menos do que Mendonça Filho (PFL). No segundo, Campos derrotou com folga Mendonça, que teve menos votos do que no primeiro.
A receita que deu certo para Lula em Pernambuco poderá ou não ser adotada por ele, este ano, no Maranhão. Carlos Brandão é o candidato de Flávio Dino (PSB) a governador.
Weverton Rocha, do PDT, é o candidato dele mesmo a governador. Lula é aliado de Dino e precisa do apoio do PSB para se eleger presidente. Mas, no passado, foi aliado de Rocha e gosta dele.
Para que lado penderá a balança, uma vez que Brandão, vice-governador do Maranhão, só agora deixará o PSDB para filiar-se finalmente ao PSB de Dino?
Palpite: Lula apoiará Brandão, que já conta com o apoio do PT. De resto, o PDT de Rocha tem candidato a presidente, Ciro Gomes, embora Rocha ande a flertar com o bolsonarismo.
O candidato bolsonarista de raiz ao governo seria o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL). Mas ele é suspeito de desviar emendas parlamentares ao Orçamento destinadas à Saúde.
Como Bolsonaro nunca foi corrupto e nem será, quer distância de quem é suspeito. Taokey?