O que há além da luz vermelha para indicar perigo? Seria o caso de acendê-la no comitê da campanha de Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de São Paulo, depois de mais uma rodada da pesquisa Quaest feita por encomenda da TV Globo.

Boulos corre o risco de não disputar o segundo turno. Em empate técnico com Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), ele já foi ultrapassado pelos dois dentro da margem de erro da pesquisa.  Nos demais quesitos, Boulos vai mal com tendência a piorar.

Perdeu 3 pontos entre as mulheres (de 23% para 20%); Nunes avançou 7 pontos (de 18% para 25%). Entre os homens, Boulos não evoluiu; Marçal, sim, subiu 4 pontos. Na faixa dos eleitores com 16 até 34 anos, Boulos caiu 8 pontos (de 27% para 19%).

Foi Marçal que cresceu nessa faixa – 9 pontos, de 23% para 31%. Na faixa dos eleitores com mais de 60 anos, Boulos permaneceu onde estava (19%); Nunes deu um salto de 6 pontos, indo de 28% das intenções de voto para 34%.

Boulos caiu de 20% para 17% entre os eleitores que ganham até 3 salários-mínimos; Nunes cresceu de 16% para 25%. Boulos caiu de 28% para 24% entre os que ganham mais de 7 salários-mínimos, abrindo espaço para que Marçal subisse de 21% para 25%.

Entre os católicos, Boulos estancou (20%), enquanto Nunes cresceu de 22% para 28%. Entre os evangélicos, Boulos tinha 15%, está com 8%; Marçal subiu de 27% para 37%, e Nunes de 18% para 26%.  Boulos ainda lidera entre os que têm formação superior.

Mesmo assim, caiu de 32% para 27%. Uma notícia boa para Boulos: ele cresceu de 15% para 19% entre os eleitores com ensino fundamental. Ufa! Mas Nunes o superou: foi de 21% para 29%. Com 69%, o candidato mais rejeitado é Luiz Datena (PSDB).

Logo abaixo dele, vem Boulos com 48%, Marçal com 41% e Nunes com 34%. Logo mais à tarde, nova pesquisa Datafolha.