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Lula segue blindado até aqui para desespero dos seus adversários

Bolsonaro vale-se de Ciro Gomes para que a eleição só seja decidida no segundo turno

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB, se encontram com representantes de movimentos populares
1 de 1 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB, se encontram com representantes de movimentos populares - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Em poucos meses, Lula cometeu uma série de deslizes. Elogiou Daniel Ortega, ditador da Nicarágua; sugeriu o cerco por militantes à casa de parlamentares; defendeu o direito das mulheres ao aborto; foi brando ao condenar a invasão da Ucrânia; e disse que Bolsonaro gosta de policiais, não de gente.

Quantos pontos ele perdeu nas pesquisas de intenção de voto? Nenhum. Parecia ter estacionado. Voltou a crescer. Bolsonaro, que crescia, estacionou. Lula derrota Bolsonaro entre as mulheres de todas as faixas sociais, e quase empata com ele entre os evangélicos. Por enquanto, é um candidato blindado.

A esquerda, e para além dela, é o maior esteio de Lula. E seu maior eleitor fora da esquerda é Bolsonaro. Em 2019, segundo o Datafolha, 31% dos brasileiros achavam que piorara a situação econômica do país. Agora, 66%. A inflação era de 3,95% quando Fernando Henrique Cardoso se reelegeu presidente em 1998.

Em 2006, quando Lula se reelegeu, era de 3,26%. Como observa a jornalista Miriam Leitão, em 2014, quando Dilma Rousseff se reelegeu, a inflação era de 6,37% a 6,59%. Agora, é de dois dígitos. O país corre o risco de faltar diesel se os preços dos combustíveis forem congelados. Só tem estoque para 40 dias, admite o governo.

Se pudesse, o melhor para Lula seria refugiar-se em uma casa de praia com sua nova mulher e só reaparecer para votar e ser votado. Ciro Gomes (PDT) não se conforma com isso e tem aumentado o número e o tom dos ataques a Lula, a quem no passado já serviu como ministro, a conselho de Leonel Brizola.

Somente em abril e maio, apurou O GLOBO, Ciro fez 119 publicações hostis a Lula nas redes. Desde o início do ano, foram 196. Em maio, o volume de ataques de Ciro a Lula foi 11 vezes maior que o de janeiro. Ciro anda irritado com a pressão do PT e de parte do PDT para que renuncie à sua candidatura.

Sem chances de ele renunciar. Ciro tem funcionado, contra sua vontade, como uma linha auxiliar de Bolsonaro e dos bolsonaristas que disseminam suas mensagens hostis a Lula.E ele tem batido sem sucesso mais em Bolsonaro do que em Lula com a esperança de ocupar o espaço da natimorta terceira via.

Carlos Lupi, presidente do PDT, respalda Ciro. Mas até ele reconhece que Ciro pesa a mão além do que seria razoável. É remota a possibilidade de Ciro apoiar Lula em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, mas o PDT apoiará.

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