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Lula copia Bolsonaro, atravessa a rua e pisa em outra casca de banana

Não deve ser pelo gosto de apanhar

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foto colorida de Ato das centrais sindicais pelo 1º de Maio no estacionamento da arena Corinthians, com a presença de Lula - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Ato das centrais sindicais pelo 1º de Maio no estacionamento da arena Corinthians, com a presença de Lula - Metrópoles - Foto: Bruno Ribeiro/Metrópoles

Há quem goste de apanhar. Há quem peça para apanhar se o papel de vítima pode lhe trazer alguma vantagem. Mas Lula não parece fazer parte dessa categoria de gente. Ou porque não tem prazer em apanhar ou porque, como retirante da seca do Nordeste que passou fome ao chegar em São Paulo, apanhar simplesmente já deu para ele.

Quem imaginaria ficar preso por 580 dias depois de governar o país duas vezes? Se isso não é sofrimento, não sei o que é. Libertado, reeleito presidente, Lula quer mais é ter certeza de que fechará sua biografia da melhor maneira possível, entrando em seguida para a História. Mas, a ser assim, tem que fazer por onde.

E fazer por onde significa não atravessar a rua para ir pisar sem mais nem menos em uma casca de banana, o esporte predileto de Bolsonaro. A mais recente casca de banana esmagada por Lula foi comparecer ao ato organizado pelas centrais sindicais para celebrar, em São Paulo, o 1º de maio. Não seria um 1º de maio qualquer.

Há exatos 100 anos, o presidente Artur Bernardes sancionou a lei que destacou a data no Brasil. A celebração do Dia do Trabalhador remonta ao final do século XIX, quando trabalhadores nos Estados Unidos realizaram uma greve geral demandando a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias.

É de supor, por mais ocupado que possa estar, que Lula não esqueceu a data. É de supor também que seus auxiliares não a tenham esquecido, nem as centrais sindicais. Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, estava lembrado. Mas só na véspera, o governo confirmou a presença de Lula.

Quer dizer: perdeu-se a oportunidade de testar o “efeito Lula” na festa com um anúncio tardio, ou não se quis testar. Ao mesmo tempo, correu-se o risco de desgastar a imagem do presidente levando-o a participar de algo que poderia ser um fracasso. Seria um salto no escuro, pois. Dado o salto sem rede, Lula foi ao chão.

Flopar, na língua da internet, significa fiasco.  Segundo o Grupo de Pesquisa Monitor do Debate Político, da Universidade de São Paulo, Lula falou para 1.635 pessoas. Sim, você leu: 1.635 pessoas. Outro dia, em Aracaju, Bolsonaro reuniu, se tanto, 2 mil pessoas para ouvi-lo. Apanhou nas redes sociais como um cão vadio.

Lula está apanhando. E mais porque, infringindo a lei, pediu votos para eleger Guilherme Boulos (PSOL) prefeito de São Paulo. A lei só permite que se peça votos a partir de agosto. Não dá para Lula dizer que a desconhecia. Mais honesto seria repetir Jânio Quadros quando lhe perguntaram por que renunciara à Presidência:

“Fi-lo porque qui-lo”.

 Fez porque, multado, o PT arcará com o pagamento da multa. Não é um bom exemplo que se dê.

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