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Lula, Alckmin e a eleição para prefeito de São Paulo

O que os eleitores juntaram, os partidos não deveriam separar

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Ministro Geraldo Alckmin abraça o presidente Lula durante primeira reunião ministerial do governo Lula - Metrópoles
1 de 1 Ministro Geraldo Alckmin abraça o presidente Lula durante primeira reunião ministerial do governo Lula - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Desculpe o truísmo, mas tudo tem sua primeira vez e não deve ser de espantar. O aleatório também faz sua parte. PSDB fora da disputa pela prefeitura de São Paulo no próximo ano?

Ainda é cedo para apostar que o partido não terá candidato próprio. O ex-governador Rodrigo Garcia poderá ceder às pressões e concorrer. Sem mandato, nada perderá se perder.

Há muitos anos que os tucanos voam baixo. Para presidente, alcançaram duas vezes o cume da glória com Fernando Henrique Cardoso nos anos 1990, e foi só.

Nas eleições do ano passado, tiveram três aspirantes a candidato a presidente (João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio) e acabaram ficando sem nenhum.

Garcia, vice de Doria, que disputou o governo de São Paulo, amargou o terceiro lugar, atrás de Tarcísio de Freitas, que se elegeu, e de Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda.

O PT, pela primeira vez, não terá candidato próprio a prefeito? De fato, não terá. Mas isso não fará grande diferença para o partido que apoiará Guilherme Boulos, do PSOL.

Boulos abriu mão de sua candidatura a presidente em 2022 para apoiar Lula, e de sua candidatura ao governo de São Paulo para apoiar Haddad. É justo que o PT retribua.

A única coisa inédita que a eleição para prefeito de São Paulo poderá reservar será o apoio do presidente da República a um candidato e o apoio do vice-presidente a outro.

Lula, na semana passada, admitiu que se isso acontecer será estranho. Foi um recado para Geraldo Alckmin, seu vice, que tende a apoiar o candidato do seu próprio partido a prefeito.

Alckmin é do PSB, depois de ter feito carreira pelo PSDB. A deputada Tabata Amaral deverá ser candidata a prefeita pelo PSB. Há tempo suficiente para dar-se um jeito na esquisitice.

Nada soou mais esquisito no ano passado do que a dobradinha Lula e Alckmin, e, no entanto, aconteceu. A política é repleta de coisas bizarras à primeira vista.

Em 1997, Fernando Henrique Cardoso, então presidente da República e candidato à reeleição, apoiou a reeleição de Mário Covas (PSDB) para o governo de São Paulo. No entanto…

Concordou que Paulo Maluf, adversário de Covas, decorasse São Paulo com outdoors onde ele e Maluf apareciam juntos. Covas irritou-se, mas, ao cabo, ele e Cardoso se reelegeram.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, diz que Bolsonaro apoiará a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) para prefeito de São Paulo. Bolsonaro ainda não disse que apoiará.

Gilberto Kassab, presidente do PSD, apoiou Tarcísio para governador de São Paulo e Lula para presidente. É o Secretário de Estado mais forte do governo de Tarcísio.

Isso não impede Kassab de dizer em público que Boulos é favorito para se eleger prefeito de São Paulo em 2024, e elogiá-lo. Ciro e Cid Gomes, irmãos, estão às turras no Ceará.

Não os convide para a mesma mesa. Ciro continua no PDT, Cid está com um pé no PSB. Não se espante, porém, se os dois se entenderem para o bem deles próprios em 2026.

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