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Kátia Abreu está com um pé na vaga de ministra do TCU

Senado reúne-se para escolher o substituto de Raimundo Carreiro, nomeado por Bolsonaro embaixador do Brasil em Portugal

atualizado

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1 de 1 katia abreu - Foto: Reprodução

A estarem certas as contas feitas por senadores de diversas tendências, somente traições de última hora impedirão que Kátia Abreu (PP-TO) seja indicada, hoje, para ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) na vaga de Raimundo Carreiro, promovido por Jair Bolsonaro a embaixador do Brasil em Portugal.

Se arrependimento matasse, Bolsonaro não teria convencido Carreiro a se aposentar antes do tempo. Quando o fez foi porque queria abrir uma vaga no tribunal para agradar os senadores, especialmente Rodrigo Pacheco, à época no DEM e eleito presidente do Senado. A vaga de Carreiro é do Senado.

De lá para cá, Pacheco trocou o DEM pelo PSD de Gilberto Kassab, que o lançou candidato à sucessão de Bolsonaro. Kassab já disse que num eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, seu partido apoiará Lula. Pacheco comporta-se como aspirante a candidato, talvez a vice de Lula, mas não disse que será de fato.

Três senadores disputam o lugar de Carreiro: Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo; Antonio Anastasia (MG) e Kátia. Coelho é candidato dele mesmo, uma vez que o governo não o apoia com medo de se desgastar se ele for escolhido. Afinal, o senador responde a vários processos na Justiça.

Anastasia é também do PSD de Kassab. Fez até aqui uma campanha discreta para ministro do TCU. Não pediu voto abertamente. Seu principal cabo eleitoral é Pacheco. No fim do ano passado, ele, Pacheco e Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte, fecharam um acordo sob as bênçãos de Kassab.

Pacheco seria candidato a presidente do Senado e tentaria se reeleger. Anastasia seria o nome do PSD para uma vaga de ministro do TCU. Os dois sustentariam a pretensão de Kalil de ser candidato a governador de Minas Gerais no ano que vem. Kalil está mais próximo de Lula do que de Bolsonaro.

Pesa contra Anastasia sua ligação com David Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ali, Anastasia é vice dele. Alcolumbre foi contra a nomeação de André Mendonça para ministro do Supremo Tribunal Federal. Anastasia nada fez para demovê-lo dessa posição.

Kátia correu por fora, a princípio sozinha. Atraiu para seu lado Renan Calheiros (MDB-AL), adversário do governo e aliado de Lula, e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o Zero Um. Foi Jorge Oliveira, ministro do TCU e cria política da família Bolsonaro, quem levou Kátia para conversar com Bolsonaro em agosto último.

O PT votará em Kátia porque o primeiro suplente dela, Donizeti Nogueira, é do partido. O segundo suplente, o Bispo Guaracy, é bolsonarista. Nogueira e Guaracy combinaram dividir 1 ano de mandato se Kátia for para o TCU. Cada um será senador por 6 meses. Ciro Nogueira (PP), chefe da Casa Civil, apoia Kátia.

Logo mais à tarde, desde que no mínimo 41 dos 80 senadores estejam no plenário, o Senado decidirá a parada. Os três candidatos falarão. O senador que quiser poderá interrogá-los. Em seguida, haverá a votação secreta. O eleito, por maioria simples, será o que obtiver um voto a mais do que o segundo colocado.

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