HÁ VINTE ANOS – Recorde à vista nas eleições americanas
Entre George W. Bush, republicano, candidato à reeleição, e John Kerry, democrata
atualizado
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Estão enormes as filas para votação na maioria dos lugares nos Estados Unidos. A votação prossegue com lentidão. Hoje não é feriado por lá. Mas está parecendo feriado. O comparecimento às urnas impressiona os observadores locais e internacionais.
Deverá ser batido o recorde estabelecido na eleição presidencial de 1960. Naquele ano, votaram 65% dos eleitores inscritos. Nunca uma eleição foi disputada em clima tão emocional – nem a de 1968 em plena guerra do Vietnã.
Em 1968, o presidente democrata Lyndon Johnson não concorreu à reeleição porque temeu ser derrotado. Quem se elegeu foi o republicano Richard Nixon, que depois renunciou ao cargo em meio ao escândalo da gravação de suas conversas na Casa Branca.
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Os democratas passam a sensação de maior confiança. Os republicanos parecem inseguros. É isso o que estão sentindo hoje jornalistas norte-americanos ocupados em cobrir as eleições.
Como são os jornalistas que sentem isso, é bom ficarmos com um pé atrás. Jornalistas costumam ser bons para ouvir declarações e reproduzi-las – e ainda assim erram com frequência.
Não são bons para lidar com o que vêem – ou pensam que vêem. Ou com o que sentem – ou pensam que sentem.
(Publicado aqui em 3 de novembro de 2004)