HÁ VINTE ANOS – Crime de marqueteiro vira “bobeira” para Lula
É simples: o que a lei proíbe não pode ser feito
atualizado
Compartilhar notícia
Lula está inconformado com a prisão do publicitário baiano Duda Mendonça numa rinha do Rio de Janeiro. Desconfia que “houve armação”. Pediu ao ministro Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, que investigue se sua desconfiança procede.
Duda fez o marketing da campanha que há dois anos elegeu Lula presidente. Foi ele que inventou o Lulinha Paz e Amor. Agora, Duda cuida, ou cuidava, do marketing da campanha de Marta Suplicy (PT), a prefeita de São Paulo candidata à reeleição.
Apesar de julgar que Duda deu “bobeira” e que “estava no lugar errado na hora errada”, Lula disse achar “estranho” o flagrante dado pela polícia na reta final de uma eleição. Teme que setores da Polícia Federal possam estar “fora de controle”.
Se entendi bem, Lula preferiu chamar de “bobeira” o que de fato foi um crime. E considerou “estranho” a Polícia Federal reprimir um crime às vésperas da eleição – como se crimes às vésperas de eleição pudessem ser praticados impunemente. Ora, ora, ora…
É de se acreditar que a polícia fez o que deveria ter feito ao prender dezenas de pessoas que apostavam numa briga de galos. Duda cria mais de 300 galos. É viciado em apostas. A condição de marqueteiro de gente famosa não o torna menos criminoso.
Atividade proibida por lei não é bobeira, é crime. Não deixaria de ser mesmo que o crime não tivesse sido descoberto.