Greve de servidores públicos por aumento deixa Guedes em pânico
Quem pariu Mateus que o embale…
atualizado
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Está marcada para hoje, em Brasília, a reunião de representantes de diversas categorias do serviço público federal para discutir uma campanha por reajuste salarial no ano que vem. Entre as ações a serem examinadas, uma greve geral de um ou dois dias que forçaria o governo a abrir o diálogo com os servidores.
Paulo Guedes, ministro da Economia, está em pânico com isso. Receia que o presidente Jair Bolsonaro ceda às pressões e negocie aumentos. Foi ele que abriu a cancela para que passasse parte da manada ao reajustar os salários da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e de agentes comunitários de saúde.
Ora, se a cancela foi levantada uma vez, por que não levantá-la para beneficiar quem está com o salário congelado há 4 anos? E se a cancela federal foi suspensa, por que não o serão as cancelas estaduais e municipais? Aí o país simplesmente quebraria, segundo escreveu Guedes em carta a Bolsonaro e ministros.
Com a carta, Guedes quer marcar posição, não mais que isso. Há muito tempo que já não comanda a economia. Entrou de férias para nem estar em Brasília quando o Congresso, a pedido de Bolsonaro, reservou 1,7 bilhão de reais no Orçamento de 2022 para fazer a alegria de uma fatia de sua base eleitoral.
Na célebre reunião ministerial de 22 de abril passado, foi o próprio Guedes quem disse estar disposto a gastar mais para reeleger Bolsonaro. O presidente acreditou e tocou em frente. Responsabilidade fiscal nunca esteve na agenda dele. Foi uma invenção de Guedes para atrair os votos do mercado financeiro.