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Governadores bolsonaristas fogem de ato que lembrará o golpe de 8/1

Mas, atenção: todos são democratas de raiz

atualizado

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Tropa de Choque da PMDF durante retirada de manifestantes bolsonaristas do Congresso Nacional após invasão. Confusão generalizada toma conta do prédio após agentes e manifestantes entrarem em confronto em meio à gás - Metrópoles
1 de 1 Tropa de Choque da PMDF durante retirada de manifestantes bolsonaristas do Congresso Nacional após invasão. Confusão generalizada toma conta do prédio após agentes e manifestantes entrarem em confronto em meio à gás - Metrópoles - Foto: Metrópoles

Pergunte a um governador alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a qualquer um deles, se Bolsonaro teve algo a ver com a tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro último. Ele responderá que não teve, não só porque Bolsonaro estava fora do Brasil naquele dia como sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição. Sei…

Pergunte se eram bolsonaristas os rebelados acolhidos à porta do QG do Exército em Brasília e que dali saíram para invadir a Praça dos Três Poderes e vandalizar os prédios do Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. Certamente, responderá que não, ou então se calará para não se comprometer, sabe como é…

Pergunte se aprovou o que aconteceu naquele dia. Sem dúvida, a resposta será: não, porque acima de tudo é um democrata  e sempre será. Jamais apoiaria um golpe. Por último, pergunte se comparecerá ao ato público do próximo dia 8 convocado por Lula para celebrar a vitória da democracia. Bem, aí é outra história.

O governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, já anunciou que não comparecerá porque está de férias e viajou para fora de Brasília. Pelo mesmo motivo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não comparecerá ao evento; estará na Europa e só retornará em 9 de janeiro, um dia após o ato, vejam só.

O vice-governador, Felício Ramuth (PSD), também não comparecerá, pois já tem viagem marcada para a China. Com os dois fora do país, o governador em exercício, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), bem que poderia representar seu estado em Brasília. Mas ele é do partido de Bolsonaro e pegaria mal.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) não irá. Oficialmente, sua assessoria disse ao jornal Globo não ter sido informada sobre o convite e, portanto, não há posicionamento formal sobre a agenda. Mas Jorginho deverá ficar no estado para compromissos “previamente marcados” para essa data. Outra coincidência, nada mais do que isso.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL) , é presença incerta. Sua assessoria informa que ele tem uma reunião com seu secretariado marcada justamente para o dia 8, uma coincidência. A agenda do governador Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, ainda não está definida. Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás…

Caiado está em viagem de férias, e sua assessoria ainda não conseguiu confirmar se ele irá ao evento. A assessoria de Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, disse ao Globo que não chegou nenhum convite oficial solicitando a presença dele. Quanto a Antonio Denarium (PP), governador de Roraima, é difícil que vá.

O mandato de Denarium foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por abuso de poder político. Melhor que não vá mesmo para evitar constrangimento.

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