Fuzuê no clã dos Bolsonaro atrapalha a campanha presidencial
Acontece com as melhores famílias
atualizado
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Carlos Bolsonaro, dono das senhas do pai nas redes, está achando uma porcaria as peças de campanha do presidente candidato à reeleição. Na campanha passada, ele, sozinho, fez coisas melhores, e só com 8 segundos de propaganda no rádio e na televisão.
Flávio Bolsonaro, o chefe, este ano, da campanha do país, está achando as peças maravilhosas, perfeitas. Saiu em defesa delas 48 horas depois de Carlos tê-las esculhambado. Qual dos dois tem razão? Não importa. Melhor não se meter em briga de família.
Michelle Bolsonaro, a primeira-dama, seria a grande estrela da campanha do marido, só abaixo dele. Era o que estava planejado por sugestão da ala política da campanha da qual faz parte o ministro Ciro Nogueira (PP-PI), chefe da Casa Civil.
Nogueira tem faro apurado para essas coisas. E Bolsonaro, ciumento por natureza, concordou em expor sua quarta mulher. Carlos não gostou porque ele e Michelle não se entendem direito. Agora, é Michelle que parece estar dando para trás.
Acompanhar o marido em eventos da campanha, tudo bem ou pode ser, mas aparecer em vídeos a repetir palavras escritas por outros… Michelle não se sentiria confortável. Sabe que querem explorar sua beleza, e ela nunca se prestou a isso. É evangélica.
Risquem do caderninho de vocês a hipótese de que Michelle já não acredita na reeleição do marido. Talvez seja uma das poucas pessoas próximas de Bolsonaro que ainda acreditam, e que torcem de verdade para que ele vença. Mas há limites para tudo.
Não se dirá no futuro que Michelle foi a mais pudica das primeiras-damas. Nesse quesito, ela perde para muitas que a antecederam, menos para Yolanda, mulher do general Costa e Silva, o segundo presidente da ditadura militar de 64.
Mas, Michele, a seu modo, tem sido muito recatada. Extrapolou um pouco ao dar saltinhos e gritos em linhas estranhas quando André Mendonça foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal. Entre os evangélicos, porém, isso é admissível.