Flávio Bolsonaro espera autorização de papai para ser candidato
E Eduardo leva um carão do comandante do Exército
atualizado
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Em entrevista ao jornal Globo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) admitiu que poderá ser candidato a prefeito do Rio nas eleições do próximo ano, mas só se seu pai deixar. Disse:
“Estou trabalhando para ser candidato. Tenho feito muitas reuniões, visto pesquisas, mas só serei candidato se Bolsonaro abraçar de verdade a campanha. A palavra final é dele”.
Bom garoto! Da série dos garotos Zero, talvez o mais obediente ao pai. Carlos, o vereador, é o mais ligado e dependente de Bolsonaro. Eduardo, deputado federal, o menos ligado.
Uma vez, Eduardo preferiu viajar a ficar em Brasília para votar no seu pai, candidato a presidente da Câmara. Ao todo, foram quatro as vezes em que Bolsonaro se apresentou como candidato.
Na primeira teve 2 votos. Na segunda nenhum, nem mesmo o dele. Na terceira teve 9 em um total de 513 possíveis; foi seu recorde. Na quarta teve 4. Foi nessa que Eduardo não votou.
Bolsonaro deu-lhe um carão por escrito:
“Papel de filho da puta que você está fazendo comigo. Tens moral para falar do Renan [Jair Renan, o Zero 4]. Irresponsável. Mais ainda, compre merdas por aí. Não vou te visitar na Papuda. Se a imprensa te descobrir aí, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente”.
Eduardo viajara aos Estados Unidos. O que ele fez por lá a ponto de correr o risco de ser preso, não se sabe. Eduardo não aprende nunca. Ontem, levou mais um carão, mas não do pai.
Em audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional na Câmara, ele questionou a legalidade da prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro.
Resposta do general Tomás Paiva, comandante do Exército, que estava ali para depor:
“Nada foi feito sem o cumprimento das prerrogativas e das leis, conforme o previsto. Não vamos nos furtar a esse entendimento.”