Fecha-se o cerco a Israel que segue a massacrar palestinos inocentes
Se o cerco é só de mentirinha, não se sabe
atualizado
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Se tais iniciativas são apenas para dar uma satisfação ao distinto público, saberemos em breve. Se forem para valer, significa que Israel, além de isolado, está numa encruzilhada: ou suspende a guerra contra o Hamas ou sofrerá retaliações dos seus mais fiéis aliados. A ver.
“A União Europeia apela a Israel para que termine de modo imediato a sua operação em Rafah [Sul da Faixa de Gaza]”, disse o representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia, Josep Borrell. Que ameaçou:
“Se Israel continuar a sua operação, deixará em grande tensão as relações entre Israel e a União Europeia. Esta operação está a causar ainda mais obstáculos à distribuição de ajuda humanitária, e a aumentar o risco das pessoas à fome e ao sofrimento”.
A UNRWA, a organização da ONU que apoia refugiados palestinos, diz que o Norte de Gaza sentiu-se aliviado com as entregas de ajuda, mas que a situação no Sul “reverteu” desde que Israel assumiu em Rafah o controle do posto fronteiriço com o Egito.
O Egito foi o primeiro país do Oriente Médio a assinar a paz com Israel, mas agora, no Tribunal Internacional de Justiça, juntou-se à África do Sul para pedir medidas provisórias contra o modo como Israel age. Não ficou apenas nisso, porém.
O Egito também trabalhou deliberadamente para obstruir as operações israelenses e para tentar forçar o fim da guerra. Isto é algo que nunca aconteceu, nem mesmo durante as anteriores operações de Israel no Norte da Faixa de Gaza.
Os Estados Unidos têm pressionado Israel para deter sua incursão terrestre em Rafah sem um plano credível para retirar a população civil, o que, segundo Washington, levaria vários meses. Estima-se que estejam na cidade cerca de 1,4 milhões de palestinianos.
O Reino Unido protestou contra “um ataque inaceitável” de colonos israelenses a caminhões de ajuda destinados à cidade de Gaza.