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Eleição para prefeito de São Paulo segue aberta e pode surpreender

No país dos jogos de azar, façam suas apostas, senhores!

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Montagem mostra Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal
1 de 1 Montagem mostra Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal - Foto: Divulgação/RedeTV

Tendo como referência as mais recentes pesquisas de intenção de voto, os ponteiros do relógio que marca a passagem do tempo na eleição para prefeito de São Paulo estão praticamente paralisados há duas semanas – e, no entanto, eles se movem, como a Terra.

Faltam 10 dias para o primeiro turno. Pode dar Ricardo Nunes (MDB) contra Guilherme Boulos (PSOL), resultado mais provável. Mas pode dar Boulos contra Pablo Marçal (PRTB). Ou Nunes contra Marçal. No país dos jogos, quem se arrisca a apostar?

Se não for um soluço e se revele uma tendência a ser confirmada pelas próximas pesquisas, Marçal recebeu de parte dos eleitores paulistanos licença para matar. Apesar do seu comportamento abjeto, ele foi o único que cresceu no último Datafolha.

Oscilou positivamente dois pontos, de 19% das intenções de voto para 21%. Há uma semana, Nunes tinha 27%, e aí permaneceu; Boulos, 26%, agora 25%. Pesa contra Marçal, porém, sua elevada rejeição: 48% dos eleitores dizem que jamais votariam nele.

A rejeição a Boulos é de 38%, e a de Nunes, 21%. Pesa a favor de Marçal o avanço constante entre os eleitores de Bolsonaro: 48% deles dizem que votarão em Marçal, e 39% em Nunes, apoiado por Bolsonaro que a tudo assiste à relativa distância.

O eleitor mais convicto é o de Boulos: 79% afirmam que não mudarão seu voto, e 61% o consideram o candidato ideal. Mas Boulos enfrenta um problema: Nunes lidera entre os eleitores mais pobres com 32%. Boulos aparece com 25%, e Marçal, 15%.

As campanhas de Boulos e de Nunes são mornas, quase frias, e não empolgam seus eleitores. A de Marçal é quente, vibrante e empolga os que lhe garantem o voto. Marçal reserva surpresas para os próximos debates que poderão reforçar suas chances de se eleger.

A imprensa tradicional e os formadores de opinião mais influentes das redes sociais não disfarçam sua preferência por Nunes. Boulos e Nunes travam uma batalha pela condição de o mais moderado dos candidatos. Marçal está pouco se lixando para isso.

Marçal já conquistou o título de o candidato mais antissistema, superando de longe Fernando Collor que se elegeu presidente em 1989, e Bolsonaro em 2018. Para Marçal, a candidatura a prefeito é um trampolim para a eleição presidencial de 2026.

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