De volta aos tempos em que vacas vestiam farda e davam golpe
Militares escondem resultados de auditoria nas urnas
atualizado
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Sabe a última dos militares que voltaram ao poder pelas mãos de Bolsonaro, gostaram tanto que não sairiam de lá tão cedo?
Obedientes por formação, a pedido de Bolsonaro, armaram o maior salseiro para desacreditar o processo eleitoral.
Bolsonaro disse que em 2018 só não se elegeu presidente no primeiro turno porque houve fraude. Os militares concordaram.
Bolsonaro disse que pessoas votaram no número dele e que na urna apareceu o número de Fernando Haddad, candidato do PT.
Os militares disseram que seria possível. E sugeriram fazer uma auditoria nas urnas e no processo de apuração dos votos.
Falaram até em apuração paralela de votos, em simulação de votação com urnas de papel só para testar.
O Tribunal Superior Eleitoral cedeu à pressão deles para não arrumar mais confusão. E agora…
Agora, o general Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, não quer revelar as conclusões da auditoria. Por que? Não disse.
Ou melhor: começou a dizer que não foi bem uma auditoria, que isso e mais aquilo outro.
Não querem admitir que não encontraram falhas. Bolsonaro ficaria irritado. Se ele perder a eleição, como dirá que foi roubado?
Há generais que estão mais para “vacas fardadas”. A expressão foi cunhada pelo general Olímpio Mourão Filho.
Mourão (nada a ver com o atual vice-presidente da República) liderou as tropas que deflagraram o golpe militar de 64.
De Juiz de Fora, Minas Gerais, ele foi direto para o Rio. Ganhou como prêmio a presidência da Petrobras. E mais tarde, afirmou:
“Em matéria de política, sou uma vaca fardada”.